15 de janeiro de 2015

O FIO DA MEADA


Frei Betto

       O ataque terrorista ao jornal “Charlie Hebdo” não foi apenas um gesto tresloucado de dois jovens franceses de fé muçulmana. Ele se origina em um dos últimos capítulos da Guerra Fria: a ocupação do Afeganistão pelos soviéticos (1979-1989). Em 1979, um golpe de Estado levou ao poder afegãos pró-soviéticos.
       Zbigniew Brzezinsky, responsável pela Segurança Nacional dos EUA na gestão Jimmy Carter, viu na ocupação soviética excelente oportunidade de colocar em prática seu mirabolante plano para rechaçá-la e instalar um governo pró-EUA: incrementar o fanatismo religioso contra os “comunistas ateus”.
       Havia alternativas, como grupos nacionalistas afegãos, laicos, que se opunham a Moscou. Porém, a Casa Branca preferiu chocar o ovo da serpente e patrocinar os grupos fundamentalistas reunidos na Aliança Islâmica do Mujahedin (combatente) Afegão, que reagia indignada aos propósitos da infiel modernização soviética, como permitir às meninas acesso à escola...
       Agentes da CIA passaram a incentivar a jihad (guerra santa) contra os soviéticos. A Arábia Saudita, aliada da Casa Branca, se dispôs a doar US$ 20 bilhões para a cruzada da Aliança Islâmica treinar seus fanáticos guerrilheiros e armá-los inclusive com mísseis anti-helicópteros. A CIA desembolsou mais US$ 20 bilhões. Assim, lograriam expulsar os “comunistas ateus” e levar ao poder um governo aliado dos EUA.
       George Bush pai era, desde os anos 60, amigo íntimo de um saudita do ramo da construção: Muhammad Bin Laden, pai de Osama. Após o Afeganistão ser invadido pelos russos, ele propôs ao amigo que seu filho trabalhasse para a CIA, na Arábia Saudita, disfarçado de monitor da ONG Blessed Relief. Logo, o jovem Osama, de 23 anos, foi transferido para Cabul, entusiasmado com a jihad financiada pelos EUA. Através de sua ONG, atraiu 4 mil voluntários sauditas que, no Afeganistão, foram incorporados à Aliança Islâmica – berço do Taliban e, a médio prazo, do Estado Islâmico.
       A queda do Muro de Berlim e o esfacelamento da União Soviética apressaram a saída das tropas de Moscou do Afeganistão. Porém, os 4 mil voluntários sauditas, ao retornarem a seu país de origem, já não se readaptaram à vida civil. Sem formação política, haviam sido transformados em “máquinas de matar”.
        O rei Fahd ainda tentou cooptar o jovem rebelde Osama Bin Laden. Nomeou-o conselheiro real. Mas ele retornara encantado com a jihad, obcecado em combater os infiéis. No ano seguinte, foi expulso da Arábia Saudita. E em 1996 declarou a jihad contra os EUA.
       Os atos terroristas contra o “Charlie Hebdo” e o supermercado judaico resultaram da política equivocada dos EUA e da Europa Ocidental no Oriente Médio.
       Em 2003, Geoge W. Bush invadiu o Iraque sob pretexto de armas de destruição em massa e alinhamento com Bin Laden. Ao terminar a guerra, os xiitas tomaram o poder no Iraque, para decepção dos EUA, que preferiam os sunitas. Passam, então, a estimular os sunitas a derrubarem os xiitas, também influentes na Síria.
       O gênio escapou da garrafa: os sunitas formaram o Estado Islâmico. O EI agora domina parte da Síria e do Iraque e oferece ao mercado petróleo bem mais barato, angariando uma fortuna.
       Diante do terror, todas as atitudes segregadoras, da islamofobia à “guerra infinita”, são inúteis. O terror é imprevisível. E continuará a sê-lo, enquanto o Ocidente acreditar que a paz resultará da imposição das armas, e não como fruto da justiça e do reconhecimento de que a diversidade de ideias e crenças é um direito - e merece respeito.
Frei Betto é escritor, autor de “Fome de Deus” (Paralela), entre outros livros.
http://www.brasildefato.com.br/node/30991


Avelãs Nunes: Os Blair do mundo são tão terroristas quanto os do Charlie

Tenho acompanhado as imagens e os comentários sobre o massacre na sede do Charlie Hebdo, em Paris. Também eu penso que se trata de um massacre, algo que a civilização não pode comportar. Mas também penso, como alguns (não sei se muitos) outros, que o essencial a discutir, para preservar a liberdade e a civilização, não é propriamente a história trágica dos assassinos e dos assassinados.
Creio que é necessário recordar que foi o terrorismo que, em 1948, expulsou milhões de palestinianos das suas casas e das suas terras. E lembrar que os crimes por terrorismo não prescrevem. E lembrar que um dos mais célebres terroristas desse tempo (Menahem Begin) foi anos depois Primeiro-Ministro de Israel e condecorado com o Prémio Nobel da Paz (como, entre outros, Kissinger, Obama e a UE).
É preciso não esquecer que, desde 1967, Israel ocupa ilegitimamente, território palestiniano e que ninguém, na dita ‘comunidade internacional’, se lembrou de invadir Israel e matar o ‘ditador’, como fizeram com o Iraque. É preciso recordar que esta situação (com a construção ilegal dos colonatos, a construção do ‘muro da vergonha’ e muitas outras vergonhas toleradas (estimuladas e pagas) pelo ‘mundo livre’) constitui uma humilhação para os palestinianos e para o mundo árabe. É preciso não esquecer que a Carta da ONU reconhece aos povos ocupados o direito de resistir à potência ocupante por todos os meios, incluindo a luta armada.
Ninguém (entre os democratas) condena as forças da Resistência pelos atos de ‘terrorismo’ praticados contra o ocupante nazi; os salazarentos chamavam terroristas aos combatentes dos movimentos de libertação que Paulo VI recebeu no Vaticano; o ‘mundo livre’ (vá lá…, uma boa parte dele) chamou terrorista a Nelson Mandela e achou muito bem que ele estivesse preso por não renunciar à luta armada, até chegar à conclusão de que, afinal, aquele ‘terrorista’ era uma referência moral do mundo inteiro.
Talvez o ato mais importante (oxalá decisivo) contra o terrorismo islamita fosse obrigar Israel a cumprir as múltiplas decisões da AG da ONU no sentido de entregar aos palestinianos o território que lhes pertence (e já se deixa de lado o território pilhado pelas ações terroristas de 1948 e antes). Após a constituição do estado da Palestina (com a capital em Jerusalém), então poderia exigir-se a este e ao povo palestiniano que respeitasse a soberania e a segurança do estado de Israel.
Parece-me uma enorme hipocrisia aceitar (como estão a dizer as televisões) que Netanyahu (que comete atos inaceitáveis de terrorismo de estado, muito mais grave do que o terrorismo dos ‘fanáticos’) desfile ao lado dos que protestam contra o terrorismo. Como classificar os bombardeamentos de Israel sobre territórios palestinianos, sacrificando milhares de inocentes? Como classificar os atos do estado de Israel que, recorrentemente, destrói as casas de família dos familiares dos palestinianos que cometem atos de terrorismo contra cidadãos israelitas? Em nenhuma civilização os crimes de uns podem incriminar outros, só porque são familiares do criminoso. E se a vendetta é repugnante quando praticada pela máfia, é muito mais repugnante quando praticada por estados que se querem civilizados. Como seria bom que, depois da barbárie nazi de Guernica e de Oradour crimes destes não se repetissem…
Em consequência de bombardeamentos e outros ataques israelitas, morreram, em 2014, 600 crianças palestinianas da Faixa de Gaza. Terão sido mortas para defender a liberdade de imprensa? Esses mesmos bombardeamentos mataram 17 jornalistas em funções na Faixa de Gaza. Talvez estivessem a abusar da liberdade de expressão. Uma coisa é certa: não se trata de terrorismo, são meros “danos colaterais”…
O que eu penso é que este massacre dos jornalistas franceses é mais um episódio desgraçado de uma guerra global feita pelo e em nome dos interesses do famoso complexo militar-industrial, que não deixou Eisenhower governar segundo a sua vontade, que impôs ao mundo a guerra fria e todas as guerras quentes que fizeram do século XX um inferno e que continuam a marcar o séc. XXI. Em nome desses interesses é que o ‘mundo civilizado’, defensor da liberdade de imprensa, da tolerância e de todas as virtudes republicanas, criou, doutrinou, treinou, armou e pagou (e paga) os bandos terroristas islamitas inventados para expulsar os soviéticos do Afeganistão e depois replicados em várias outras situações.
Foi em nome da tolerância laica e republicana que todas as franças do ‘mundo civilizado’ inventaram o Kosovo (um ‘país’ que dá cobertura a uma base americana, entregue a bandos de terroristas e traficantes de mulheres, de armas, de droga e de tudo o que dê DINHEIRO ) e o entregaram a extremistas islamitas? Foi a defesa da liberdade de imprensa que justificou, aqui há anos (1999, salvo erro), o bombardeamento pela NATO do edifício da televisão sérvia, provocando dezenas de mortos?
Na altura, o porta-voz do Pentágono justificou o ataque invocando que a TV da Sérvia fazia parte integrante da máquina de guerra de Milosevic. Quem se admira que os fanáticos do Islão pensem que o Charlie Hebdofaz parte integrante da máquina de guerra do ‘ocidente’ contra o Islão?
Dos fanáticos não pode esperar-se racionalidade (para já não falar de decência e de humanidade), mas do Pentágono (e da NATO e da ‘Europa’ que apoiou os EUA) temos o direito de exigir racionalidade e respeito pelos valores do homem. Recordo de ouvir então o ‘não-terrorista’ Tony Blair declarar na TV (uma TV boa, com certeza) que a TV sérvia era um alvo militar legítimo. Certamente porque apoiava o Presidente Slobodan Milosevic (que os EUA tinham declarado inimigo) e difundia notícias (até podiam ser inverdades…) que não agradavam ao Sr. Blair e aos ‘civilizados’ dirigentes da NATO.
Como nega agora o Sr. Blair idêntico ‘direito’ aos que se sentem ofendidos com os textos e cartoons publicados pelo Charlie? A liberdade de imprensa da TV sérvia era má e a liberdade de imprensa da Charlie é boa? Quem define, então, o que é bom e o que é mau? Cá por mim, concluo que o Sr. Blair e outros vários Blaires são tão terroristas como os que agora assassinaram os jornalistas do Charlie. Com algumas diferenças: os Tony Blair que, mentindo aos seus povos e ao mundo, fizeram guerra ao Iraque (e depois à Líbia e agora à Síria) mataram centenas de milhar de inocentes; nenhum deles foi morto pela polícia francesa; nenhum deles irá responder no TPI por crimes contra a humanidade.
Pergunto: foi em nome de quaisquer valores dignos do Homem que os Blaires do mundo fizeram a guerra contra o Iraque, contra a Líbia e contra a Síria? Esta guerra não é terrorismo de estado? Os milhões de vítimas que viram as suas vidas destruídas e os seus países destruídos não são vítimas de nenhum terrorismo? Então são vítimas de quê? Ou morreram de morte natural?
Quem criou e armou o bando dos “Amigos da Síria”? Estes ‘amigos’ não serão agora os ‘amigos do “estado islâmico”? Como em tantas outras situações da vida, o feitiço parece voltar-se agora contra o feiticeiro… Dramaticamente, talvez os ‘terroristas islamitas’, criados, doutrinados e pagos pelo ‘império’ atuem, sem se dar conta disso, por conta desse mesmo ‘império’, em todos os ‘estados islâmicos’ do mundo, em todas os ataques contra todos os Charlies em qualquer parte do mundo (no Mali, na Nigéria, na República Centro-Africana…).
E o que se passa na Ucrânia, entregue a bandos fascistas e facínoras, depois de um processo de luta que não seria tolerado em nenhuma capital europeia, nem mesmo em Lisboa (quem se esquece do gravíssimo atentado à democracia cometido pelos polícias que subiram umas quantas escadas que dão acesso ao edifício da AR?). O massacre cometido na Casa dos Sindicatos de Odessa não foi um ato terrorista? Quantos milhões de pessoas se manifestaram contra ele? Os jornalistas assassinados merecem todo o respeito e toda a solidariedade do mundo. Mas os que foram chacinados na Casa dos Sindicatos de Odessa não merecem idêntico respeito e solidariedade?
Quero deixar claro que, a meu ver, um ato de terrorismo não legitima (não torna lícito moralmente) outro ato de terrorismo. O terrorismo não pode justificar-se à luz da civilização. Mas talvez ajude a compreendê-lo (o sono da razão gera monstros!). O que é certo é que nenhum dos ‘terroristas’ comprometidos com os massacres no Iraque, na Líbia e na Síria vão ser chamados ao TPI, criado para ‘julgar’ os que  são de antemão considerados os maus. E os crimes cometidos pelos que estão do lado dos bons não são crimes, são atos de heroísmo praticados em defesa da democracia.
Esta ‘Europa civilizada’, que nos brindou (a nós e aos espanhóis) com trinta anos suplementares de fascismo, deu cobertura às prisões clandestinas semeadas pelos EUA em território europeu, verdadeiros Guantanamos onde muitas pessoas (quantas?) estão presas e são torturadas, anos a fio, sem culpa formada, sem acesso a advogado, sem contacto com a família, só porque os serviços secretos americanos decidem que assim seja (para combater o ‘terrorismo internacional’, é claro). Estes são crimes que deveriam envergonhar todos os defensores da liberdade, incluindo da liberdade de imprensa, em nome da qual, penso eu, os grandes órgãos da comunicação social silenciam estes e outros atos de terrorismo, as políticas sistemáticas e continuadas de terrorismo levadas a cabo por todos os Bush, por todos os Obama, por todos os Hollande-Sarkozys do mundo.
Por alturas do ataque às torres gémeas, o jornalista Francisco Sarsfield Cabral escreveu (no Público, creio) uma nota em que concluía mais ou menos deste modo: dizem agora que o mundo vai dar combate ao terrorismo internacional; pois bem: eu fico à espera para ver o que vai acontecer aos paraísos fiscais, por onde passa todo o tráfico de armas, drogas, mulheres, etc., e por onde passam as operações de financiamento do terrorismo internacional; se nada lhes acontecer, terei de concluir que o mundo, afinal, não quer combater o terrorismo internacional. Pois bem. O que aconteceu aos paraísos fiscais? O negócio corre de vento em poupa, cada vez mais próspero.
Olhando para a nossa Europa. Queremos maior atentado contra a democracia, contra a inteligência e contra a decência do que o desgraçado slogan tatcheriano NÃO HÁ ALTERNATIVA (TINA)? Querem maior obscurantismo do que isto? Isto não é uma nova Inquisição? Não é em nome deste dogma que se estigmatizam todos os que não concordam com ele e persistem em proclamar a sua fé na liberdade de pensamento dos homens? Não é em nome deste dogma que se vêm aplicando as políticas de austeridade salvadora, humilhando povos inteiros, num retrocesso civilizacional perigosíssimo? Não são estes dogmas que impõem os tratados orçamentais, com todas as suas ‘regras de  ouro’ e outras de metais menos nobres, que matam a soberania dos povos da Europa e reduzem os ‘povos do sul’ a um indisfarçável estatuto colonial? Não são estes dogmas que, matando a soberania nacional, estão a liquidar o único quadro dentro do qual pode lutar-se pela democracia, pela liberdade, pela civilização? Estas ‘políticas terroristas’ não justificarão muito mais a unidade de todas as franças da Europa e do mundo contra aqueles que friamente as aplicam todos os dias e não apenas no desgraçado dia do massacre dos cartunistas doCharlie Hebdo? Não são estes os dogmas que todos os dias amordaçam a liberdade de pensamento, a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa? Se metermos bem a mão na consciência, teremos de responder que sim: estes são os dogmas do pensamento único.
Para não remar contra a maré, eu sou Charlie. Estou do lado dos que foram assassinados, não estou do lado dos assassinos.
Mas estou também do lado de Mona Chollet, a jornalista do Charlie Hebdo que foi sumariamente despedida em 2000 por protestar contra um artigo do editor da revista (Phillipe Val) que chamava “não civilizados” aos palestinianos: então, a ‘liberdade de imprensa’ foi invocada para despedir uma jornalista, tendo-se conservado no seu posto o editor, substituído apenas em 2009 por Stéphane Charbonier, agora assassinado.
E estou igualmente (que bom se estivéssemos todos…) do lado dos 34 estudantes que foram barbaramente sequestrados, torturados e assassinados pelas ‘autoridades’ mexicanas por quererem manifestar publicamente as suas opiniões. E estou do lado dos sindicalistas massacrados em Odessa. E estou do lado das vítimas do terrorismo praticado em todos os ‘civilizados’ guantanamos do mundo. E estou do lado de todas as vítimas do terrorismo, desde as vítimas do terrorismo de estado (“danos colaterais” de bombardeamentos ou vítimas de drones criminosos) às vítimas do fanatismo de todas as religiões e às vítimas do sectarismo classista das políticas praticadas em nome do argumento TINA, que vêm empobrecendo e humilhando povos inteiros nesta nossa europa do euro.
Uma coisa é certa, para mim: ao contrário do que disse o nosso primeiro ministro, em todas estas ‘guerras terroristas’ quem se lixa é mexilhão! Mexilhões de todo o mundo, uni-vos!
António Avelãs Nunes
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/antonio-avelas.html

Estudos com o Povo Camponês



Abaixo uma experiência que fiz na Paróquia de Xingu em 1995-96 e em Ibirubá em 2001, no período do governo do FHC. No primeiro encontro o grupo fala sobre a sua realidade e levanta os temas que lhe preocupam (temas geradores). Em cima destes temas montei o estudo bíblico.

Esquema da reunião
1. Canto
2. Palavra de acolhida:
    A graça do Senhor Jesus Cristo e o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. Estamos contentes com a presença de todos e todas. Que todos e todas se sintam bem e que Deus abençoe o nosso encontro.
3. Falar sobre os acontecimentos da última semana/mês e depois colocar estes acontecimentos na oração. A oração pode ser feita de forma coletiva.
4. Canto
5. Estudo bíblico
6.Canto
7. Oração:
Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em tua presença nos reunimos nesta casa. Pedimos: abençoe esta casa e esta família. Dê força a ela para enfrentar todas as dificuldades. Dê-lhes alegria no convívio familiar. Dê-lhes saúde e disposição para viver o Evangelho a cada dia. Anime-a para receber sempre bem a todos como nos recebeu hoje. Abençoe a todos nós. Ilumine-nos para sempre melhor compreender a tua Palavra e dê-nos força para vivermos segundo ela. E em conjunto falemos o Pai Nosso...

CONSUMISMO

1. Olhando a Prática da Vida
1.1. Nós temos condições de consumir tudo o que a TV mostra e por que?
1.2. Será que nós valemos mais se consumimos mais e por que?
1.3. O que nos faz sentir realizado: o consumo de produtos ou o que nos realiza como pessoa?
1.4. Nós valemos pelo que somos ou pelo que consumimos?

2. Olhando a Palavra de Deus: Lc 12,13 - 21
    Ler o texto com a seguinte pergunta na memória
2.1. O que dava a sensação de segurança ao homem da parábola?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Compare o consumismo propagado pelo capitalismo e o versículo 15: que conclusões tiramos desta comparação?
2.4. O homem da parábola (v.19) estava preocupado com o consumo de todos ou só o dele? Como é hoje entre nós?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida
3.1. Consumismo é o mesmo que egoísmo, qual a diferença e a semelhança?
3.2. Que proposta nós temos frente ao consumismo e o egoísmo que está dentro do consumismo?
3.3. Existe um sistema econômico que não coloca o egoísmo e o consumismo em primeiro lugar? Qual é?



CONTAS A PAGAR

1. Olhando a Prática da Vida
1.1. As nossas dívidas nos preocupam muito a ponto de perdermos o sono?
1.2. Nossas dívidas são investimentos que vão melhorar a nossa situação ou vão nos descapitalizar?
1.3. Temos esperança que vamos melhorar a nossa situação ou ela vai piorar?

2. Olhando a Palavra de Deus: Mt 18,23 - 35
    Ler o texto com a seguinte pergunta na memória
2.1. Como agiu o 1º servo em relação às contas que tinha que pagar e ao que tinha a receber?
2.2. Recontar o texto e falar sobre a pergunta acima
2.3. Qual a atitude que nós consideramos injusta, no texto?
2.4. A quem o Banco perdoa as dívidas ou renegocia: aos pequenos ou aos grandes industriais e fazendeiros?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida
3.1. Como nós agimos quando temos contas a pagar e como nós agimos com os que nos devem dinheiro?
3.2. Nós ainda emprestamos dinheiro aos outros para que eles possam pagar as suas dívidas e que juros cobramos?

NATAL

1. Olhando a Prática da Vida
1.1. O que significa o Natal para nós adultos e o que significa para as crianças?
1.2. Que boas notícias gostaríamos de escutar neste Natal?
1.3. Como podemos viver o espírito do Natal durante o novo ano que vem aí?

2. Olhando a Palavra de Deus: Lc 1,46 - 55
    Ler o texto com a seguinte pergunta na memória.
2.1. O que Maria agradece à Deus?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Como esta esperança do Cântico de Maria se realizou em Jesus?
2.4. O que Deus mudará, conforme o cântico?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida
3.1. Quem hoje tem pensamentos soberbos?
3.2. Quem são hoje os poderosos que precisam ser derrubados do trono e os ricos que tem que sair vazios e como a comunidade cristã vai participar disto?

ADVENTO
1. Olhando a Prática da Vida
1.1. Quais são os nossos maiores problemas hoje?
1.2. Há esperança em resolver estes problemas e quando estarão resolvidos?
1.3. O que nós esperamos do futuro?

2. Olhando a Palavra de Deus: Isaías 9, 1- 7
    Ler o texto com a seguinte pergunta na memória.
2.1. Quais os problemas que  esta criança (Messias) teria que resolver?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Qual a esperança colocada nesta criança?

3. Vivendo a Palavra de deus na Prática da Vida
3.1. Nós temos alguma esperança semelhante à que aparece no texto?
3.2. Quem vai realizar as nossas esperanças?

ADVENTO
1. Olhando a Prática da Vida
1.1. Quais são as nossas esperanças?
1.2. O que gostaríamos que desaparecesse e mudasse?
1.3. Advento significa algo para nós?

2. Olhando a Palavra de Deus: Isaías 61, 1 - 3
    Ler o texto com a seguinte pergunta na memória
2.1. Que esperanças o Povo de Israel tinha?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Como era a situação do povo, descrita no texto?
2.4. Ler o texto de Lucas 4,18-19 e ver o que é igual e o que é diferente do texto de Isaías. E ver qual a missão de jesus hoje?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida
3.1. Como podemos realizar as nossas esperanças?
3.2. Como a comunidade cristã pode ajudar na realização das esperanças do povo?

LAZER
1. Olhando a Prática da Vida
1.1. quais as opções de lazer que nós temos?
1.2. que lazer o sistema capitalista oferece?
1.3. Por que o lazer é importante para nós?
2. Olhando a Palavra de deus: Deuteronômio 5, 12 - 15
    Ler o texto com a seguinte pergunta na memória.
2.1.Por que devemos guardar o Dia do Descanso?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3.Compare este texto com Êxodo 20, 8 - 11 e veja as diferenças de argumentação para justificar o Dia do Descanso.
3. Vivendo a Palavra de deus na Prática da Vida
3.1. Nós tiramos tempo para o lazer para podermos trabalhar melhor depois ou para desfrutar a vida?
3.2. O trabalho é o oposto do lazer ou os dois fazem parte da vida e de nossa realização pessoal?
SOMOS ESCRAVOS DO CAPITAL

1. Olhando a Prática da vida
1.1. Nós somos livres? Então por que não passamos as nossas férias no Japão? Afinal, somos livres ou somos escravos que não podemos passar as férias no Japão?
1.2.Como o capital nos escraviza na cidade e na roça?
1.3.Qual a liberdade que existe no capitalismo e que é livre no capitalismo?

2.Olhando a Palavra de Deus: Gálatas 5,1 + 13 - 15
   Ler o texto com a seguinte pergunta na memória.
2.1.Qual a liberdade para a qual Cristo nos libertou?
2.2.Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3.Como acontece hoje o que diz o versículo 15?
2.4.O que devemos fazer como cristãos para não nos deixar “submeter de novo ao jugo da escravidão” do capital?

3.Vivendo a Palavra de deus na Prática da Vida
3.1.a liberdade cristã permite lutar contra o capitalismo que nos explora e escraviza e por que?
3.2.A comunidade cristã luta contra o capitalismo ou se acomoda a ele?
3.3.Como nós interpretamos o texto de Romanos 12,2 na luta contra o capitalismo?

AMBIÇÃO

1.Olhando a Prática da Vida
1.1.quando a ambição é boa e quando é ruim?
1.2.Qual o resultado da ambição no sistema capitalista?
1.3.Nós já sofremos uma vez por causa da nossa ambição ou por causa da ambição de outra pessoa?

2.Olhando a Palavra de Deus: Lucas 14, 7 - 14
   Ler o texto com a seguinte pergunta na memória.
2.1.Qual a proposta de Jesus frente a ambição?
2.2.Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3.Por que Jesus diz para a gente convidar pessoas pobres para as nossas festas? Qual a proposta que está atrás disto?

3.Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida
3.1.o capitalismo incentiva a ambição pelo lucro. Como nós podemos, a partir do Evangelho de Jesus Cristo, viver um projeto de solidariedade?




NOVO GOVERNO

1.olhando a Prática da Vida
1.1.A quem este novo governo representa de fato?
1.2.Por que o Plano Real congelou o salário e não congelou os preços? A quem isto beneficia?
1.3.Na campanha o Presidente prometeu elevar o Salário Mínimo a 140 dólares. Quando isto vai acontecer?

2.Olhando a Palavra de Deus: Deuteronômio 17, 14 - 20
   Ler o texto com a seguinte pergunta na memória.
2.1.O que o rei não devia fazer e ser?
2.2.Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3.O que o rei deverá fazer?
2.4.A partir dos versículos 19 - 20 como será este governante?

3.Vivendo a Palavra de deus na Prática da Vida.
3.1.Como nós imaginamos que tem que ser nosso governante e de que classe ele teria que ser?
3.2.Existem formas do povo participar do governo e como nós podemos participar do governo?









COMO DEVEMOS AGIR DIANTE DE PESSOAS ENFERMAS

1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Como você se sente quando está doente?
1.2. Como você reage quando está doente e recebe visitas?
1.3. Como você se sente quando você está doente, de cama, com febre e a visita fica  sentada a tarde inteira no quarto conversando?
1.4. Como você se sente se a visita começa a falar que ela também já teve esta doença e que demora para sarar e que o tratamento é doloroso?
1.5. como você reage se a visita começa a falar se sua doença e de seu sofrimento e de seus problemas?
1.6. Quando a visita ajuda e quando atrapalha o doente?
1.7. Onde está a origem da doença?

2. Olhando a Palavra de Deus: Marcos 2, 1 - 12
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. O que Jesus curou: o corpo ou o espírito?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima
2.3. Como o povo agiu frente o doente?
2.4. Como Jesus agiu frente o doente?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Como falamos com o doente sobre a sua doença?
3.2. Se uma pessoa tem uma doença incurável e ela sabe que vai morrer como falamos com ela sobre o seu futuro?
3.3. Devemos contar a uma pessoa que ela vai morrer e como e quando vamos fazer isto e como vamos acompanhar ela depois?
3.4. Como ajudamos e como atrapalhamos os doentes com nossas visitas e ajudas?

SOBRE A ESPERANÇA QUE TEMOS PARA DIAS  MELHORES

1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Que sociedade nós sonhamos: como ela deveria ser?
1.2. Nós temos uma proposta concreta a contrapor à esta sociedade capitalista?
1.3. Quem alimenta os nossos sonhos: a TV, os políticos de direita, os cristãos comprometidos com o sistema capitalista, quem?
1.4. Esta nossa esperança é algo individualista, só para nossa família, ou é uma esperança coletiva? Como nós sonhamos o futuro?
1.5. Nós nos organizamos para realizar esta esperança e com quem ou achamos que ela se realiza assim de qualquer jeito?

2. Olhando a Palavra de Deus: II Pe 3, 11 - 13
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Como é esta esperança que os cristãos esperam?
2.2. Recontar o texto e responder a pergunta acima.
2.3. O que significa no v. 12 “apressando a vinda do dia de Deus”?
2.4. O que acontece com as coisas existentes? Ficam ou são eliminados?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Como nós podemos viver esta esperança cristã do novo céu e da nova terra, nos quais habita justiça?
3.2. Como devemos nos organizar para poder apressar a vinda do dia de Deus?
3.3. Nós estamos dispostos a quebrar o velho sistema para poder viver o novo?

SEGURANÇA

1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Por que o nosso mundo está sempre mais violento, quais as causas?
1.2. Por que anos atrás não era assim?
1.3. A violência e o medo tem algo a ver com o atual desenvolvimento do capitalismo, por que?
1.4. Quem é mais violento o seqüestrador ou o rico que foi seqüestrado?
1.5. O que para nós é violência? Preço baixo dos produtos e salário mínimo são violência para nós, e por que?
2. Olhando a Palavra de Deus: Miquéias 3, 1- 12
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. De que violência o texto fala? E quais os tipos de violência?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a questão acima.
2.3. Quem é responsável pela violência que o povo sofre, conforme o texto?
2.4.  O v. 12 é a proposta contra esta violência oficial; como entender esta proposta?
3.  Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Temos, como cristãos,  propostas concretas para agir contra as raízes da violência que o sistema capitalista nos impõem e quais são?
3.2. Como nós pobres procuramos nos defender destas violências todas? Cada um por si ou temos formas organizadas de defesa?

POSIÇÃO FRENTE IMAGENS OU SANTOS?


1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Quem é santo? Nós somos santos? Confira I Co 1,2; II Co1,1; Ef 1,1
1.2. O que para nós são os “santos”?

2. Olhando a Palavra de Deus: I Tm 2, 1 - 7
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1.Quem é o mediador entre as pessoas e Deus ?
2.2. Recontar o texto e falar sobre a questão acima.
2.3. A quem devemos orar e por quem devemos orar?
2.4. O que Deus pede de nós, conforme o texto?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Como nós podemos respeitar as pessoas que oram à santos?
3.2. Como podemos respeitar as outras confissões cristãs e como podemos colocar para elas a nossa proposta?
3.3. Qual é a nossa proposta?



JUSTIÇA E LEIS BENEFICIAM A QUEM?


1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. As leis são feitas por quem, pelos ricos ou pelos pobres?
1.2. Qual a classe social que está no poder, a classe trabalhadora ou a classe capitalista?
1.3. Quem pôs a classe capitalista no poder? E por que?
1.4. A justiça é neutra ou favorece a classe dominante? Por que o Collor e o João Alves e o resto da máfia do Orçamento não estão na cadeia?
1.5. As leis são feitas para quem e contra quem?

2. Olhando a Palavra de Deus: Isaías 10, 1 - 4
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1.Contra quem as leis foram feitas, segundo o texto?
2.2. Recontar o texto e falar sobre a pergunta acima.
2.3. O que o profeta prevê para estes que fazem estas leis?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Como podemos tirar a classe capitalista do poder?
3.2. Como podemos nos organizar para que as leis sejam feitas a favor da classe trabalhadora?
3.3. Deus está do lado de que classe e por que?
3.4. O que Deus tem hoje a dizer sobre a prática da classe capitalista?



Tirar  o Tempo para encontros, cultos, cursos  diante de uma vida cada vez mais agitada


1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Por que a vida hoje é mais agitada que antigamente?
1.2. Por que não podemos ou queremos mais tirar tempo para encontros entre os cristãos da comunidade?
1.3. Quem nos impede de tirar tempo para a nossa própria formação e espiritualidade?
1.4. Quem nos obriga a trabalhar cada vez mais?
1.5. Nós ainda somos donos de nosso tempo, de nossa vida?

2. Olhando a Palavra de Deus: Marcos 6, 30 - 34
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória
2.1. Por que Jesus pediu aos discípulos para irem juntos a um lugar solitário?
2.2. Recontar o texto e falar sobre a questão acima.
2.3. Jesus e os discípulos também tinham uma vida agitada, como era?
2.4. O que levava Jesus a ter uma vida agitada é o mesmo motivo que nós temos hoje?
2.5. Por que a multidão pareceu à Jesus como ovelhas sem pastor? Quem deveria pastorear este povo e não o fazia? E quem o deve fazer hoje?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Quando e quantas vezes nós nos retiramos para ficarmos a sós para pensar, refletir e orar?
3.2. O que nós estamos fazendo contra este sistema que nos obriga a trabalhar cada vez mais?
3.3. Para que serve a oração, a reflexão, a espiritualidade só para nos acalmarmos ou para transformar situações de opressão?

SOBRE A FÉ

1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Se alguém diz que tem fé em Deus mas tem nojo e raiva de pobre, pode isto?
1.2. Fé e luta por justiça podem andar juntos e porque?
1.3. Ter fé em Jesus Cristo e apoiar a exploração da classe trabalhadora, isto combina e por que?
1.4. Eu tenho fé mas sou contra a organização das mulheres trabalhadoras rurais, pode isto e por que?
1.5. Fé e política não se misturam, é verdade isto e por que?
1.6. Fé é algo apenas pessoal ou é algo coletivo? Por que?
1.7. Se eu tenho fé em Jesus Cristo eu continuo pecador ou não?

2. Olhando a Palavra de Deus: Hebreus 11, 1 - 3 + I Coríntios 13, 1 - 13
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1.Por que fé, esperança e amor andam juntos, qual a relação entre os três?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a questão acima.
2.3. O que é a fé?
2.4. Que outros textos sobre fé conhecemos na Bíblia?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. A fé nos acomoda frente a realidade de opressão em que vivemos?
3.2. Por que a comunidade cristã separa a fé da luta por justiça? Ela faz isto por covardia?
3.4. A fé nos dá coragem? Por que somos tão medrosos?


SOBRE A ESPERANÇA QUE TEMOS PARA DIAS  MELHORES


1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Que sociedade nós sonhamos: como ela deveria ser?
1.2. Nós temos uma proposta concreta a contrapor à esta sociedade capitalista?
1.3. Quem alimenta os nossos sonhos: a TV, os políticos de direita, os cristãos comprometidos com o sistema capitalista, quem?
1.4. Esta nossa esperança é algo individualista, só para nossa família, ou é uma esperança coletiva? Como nós sonhamos o futuro?
1.5. Nós nos organizamos para realizar esta esperança e com quem ou achamos que ela se realiza assim de qualquer jeito?

2. Olhando a Palavra de Deus: II Pe 3, 11 - 13
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Como é esta esperança que os cristãos esperam?
2.2. Recontar o texto e responder a pergunta acima.
2.3. O que significa no v. 12 “apressando a vinda do dia de Deus”?
2.4. O que acontece com as coisas existentes? Ficam ou são eliminados?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Como nós podemos viver esta esperança cristã do novo céu e da nova terra, nos quais habita justiça?
3.2. Como devemos nos organizar para poder apressar a vinda do dia de Deus?
3.3. Nós estamos dispostos a quebrar o velho sistema para poder viver o novo?

JUSTIÇA E LEIS BENEFICIAM A QUEM?

1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. As leis são feitas por quem, pelos ricos ou pelos pobres?
1.2. Qual a classe social que está no poder, a classe trabalhadora ou a classe capitalista?
1.3. Quem pôs a classe capitalista no poder? E por que?
1.4. A justiça é neutra ou favorece a classe dominante? Por que o Collor e o João Alves e o resto da máfia do Orçamento não estão na cadeia?
1.5. As leis são feitas para quem e contra quem?

2. Olhando a Palavra de Deus: Isaías 10, 1 - 4
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1.Contra quem as leis foram feitas, segundo o texto?
2.2. Recontar o texto e falar sobre a pergunta acima.
2.3. O que o profeta prevê para estes que fazem estas leis?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Como podemos tirar a classe capitalista do poder?
3.2. Como podemos nos organizar para que as leis sejam feitas a favor da classe trabalhadora?
3.3. Deus está do lado de que classe e por que?
3.4. O que Deus tem hoje a dizer sobre a prática da classe capitalista?
ALGUNS PARTICIPAM - HÁ ESPERANÇA!
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. É só hoje assim que só alguns participam da vida comunitária ou foi sempre assim e por que?
1.2. Que trabalho podemos fazer com estes que participam?
1.3. O que procuram estes que participam?

2. Olhando a Palavra de Deus: João 6, 53 - 71
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Por que muitos deixaram de seguir Jesus?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. O que os outros esperavam de jesus e por que os discípulos ficaram?
2.4. Quando nós nos escandalizamos com a pregação do Evangelho e por que?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Como podemos fortalecer na fé os que participam?
3.2. Como podemos mostrar aos outros que o Evangelho tem que escandalizar a este mundo?
3.3. Como podemos mostrar que a cruz é o caminho?

CONDOMÍNIO/ASSOCIATIVISMO

1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Por que estamos na associação e condomínio?
1.2. Desde quando se fala em associação e por que?
1.3. Quais as vantagens da associação?
1.4. Que outras formas de organização existem e quais seus objetivos?

2. Olhando a Palavra de Deus: Marcos 6, 30 - 44
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Quais as propostas dos discípulos e quais as de Jesus?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Qual seria o resultado das propostas dos discípulos e qual  foi o resultado da proposta de Jesus?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Como nós podemos, a partir de nossa fé em Jesus, nos organizarmos melhor na produção, na organização e na defesa de nossos direitos?

A  SITUAÇÃO ECONÔMICA NO BRASIL E A NOSSA

1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Quais os elementos da situação econômica brasileira que nos prejudicam?
1.2. Quem é responsável pela pobreza e como ela acontece?
1.3. Quem está ficando ou ficou rico no Brasil e como acontece e aconteceu este enriquecimento?
1.4. Nós estamos entendendo bem a dinâmica de nossa economia e por que?

2. Olhando a Palavra de Deus: Gênesis 47, 13 - 26
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1.Como foi o processo de empobrecimento do povo?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Quem foi o responsável pelo empobrecimento do povo e quem ele representa?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Como nós estamos enfrentando o nosso empobrecimento?
3.2. O que tudo podemos fazer, a partir de nossa fé, para lutar contra a exploração e a pobreza?

EROSÃO - COMO TRABALHAR A TERRA

1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Por que acontece a erosão e por que isto preocupa?
1.2. Desde quando a erosão nas lavouras se acentuou e quando nos damos conta do problema?
1.3. Como a erosão nos prejudica?
1.4. Por que não estamos conseguindo combater a erosão em nossa roça?
1.5. Erosão é um problema da natureza ou um problema econômico e por que?
2. Olhando a Palavra de Deus: Romanos 8, 18 - 25
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1.O que a criação espera?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Como o pecado humano atinge a natureza e toda a criação?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Onde está a causa da destruição da natureza?
3.2. Como o empobrecimento dos pequenos agricultores age sobre a natureza ?
3.3. como eles devem lutar para acabar com a pobreza e as suas conseqüências sobre a natureza?

DIFICULDADE EM REUNIR A COMUNIDADE


1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Por que nós fazemos parte de uma comunidade cristã?
1.2. Quem é responsável pelo trabalho missionário da comunidade e como está sendo feito este trabalho?
1.3. Para que serve a comunidade e qual o objetivo dela?

2. Olhando a Palavra de Deus: Lucas 4, 17 - 21
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Qual a missão de Jesus?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Como Jesus realizou esta missão e que conseqüências isto trouxe à ele?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Jesus baseou a sua missão nos problemas concretos da vida das pessoas. Como a nossa comunidade faz o seu trabalho?
3.2. Se as pessoas não participam da comunidade isto não é sinal que ela não baseia o seu trabalho em cima dos problemas das pessoas? O que fazer?
3.3. Se a igreja hoje trabalha com os pobres, cativos, oprimidos, doentes e fala destes, como as pessoas da comunidade reagem?

DIVISÕES NA COMUNIDADE


1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Que divisões há na comunidade?
1.2. Qual o resultado destas divisões?
1.3. As divisões acontecem porque a vida espiritual é fraca?
1.4. A quem interessa que nós estejamos divididos? Quem Lucra com isto?

2. Olhando a Palavra de Deus: I Coríntios 3, 1- 9
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Quais as divisões que há na comunidade de Corinto, conforme o texto?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. O que Paulo diz sobre estas divisões?
2.4. As divisões hoje são semelhantes ou tem outra origem?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. O que nos divide é mais forte e mais importante do que aquilo que nos une na comunidade e por que?
3.2. Nós temos clareza sobre o que nos une e quais os reais objetivos da comunidade?

DIVERGÊNCIAS DIFICULTAM A CONVIVÊNCIA E ATRAPALHAM A ECONOMIA


1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. As valetas nas divisas são fruto de divergências entre vizinhos ou querem evitá-las?
1.2. Conhecem vizinhos que já conseguiram, em conjunto, eliminar as valetas nas divisas? Como isto aconteceu?
1.3. Por que as divergências entre os pobres prejudica a eles mesmos?
1.4. De quem nós nos devemos cuidar: dos pobres ou dos ricos; dos que não tem poder ou dos que tem poder e por que?

2. Olhando a Palavra de Deus: I João 4, 18 - 21
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Podemos amar a Deus e não amar o irmão, por que?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Por que aquele que tem medo não é aperfeiçoado no amor?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Por que muitos pobres não confiam em seu vizinho pobre e confia no rico que o explora?
3.2. As associações são formas de aumentar a confiança e o amor e por que?










RESPONSABILIDADE PÚBLICA


1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Por que ninguém se incomoda se os agricultores direcionam as curvas de níveis das lavouras para desaguar na estrada, estragando-a?
1.2. Nós temos responsabilidade para cuidar das coisas públicas e como fazemos isto?
1.3. O poder público nos convida para zelarmos pela coisa pública e nos convida para participarmos da administração do município?
1.4. O descuido das coisas públicas não vem do fato de nós não termos espaço nas decisões, rumos e objetivos das administrações municipais, estaduais e nacional? É viável o povo participar da administração pública? Como isto poderia ser?

2. Olhando a Palavra de Deus: Êxodo 18, 13 - 27
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Que proposta de governo aparece aqui?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Qual a diferença entre a prática de Moisés e a sugestão de seu sogro para governar o povo?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. O jeito de dirigir a comunidade é diferente ao jeito de dirigir o município e o Estado?
3.2. Como nós assumimos o cuidado pelos bens da comunidade?
3.3. Todos se sentem responsáveis pela comunidade e atuam ativamente para executar os objetivos da comunidade?
3.4. Quais os objetivos da comunidade?

ALEGRIA EM DISCUTIR OS PROBLEMAS


1. Olhando a Prática da Vida.
1.1.Que espaços nós temos na comunidade e no município para discutir os nossos problemas?
1.2. Quantos estão dispostos a discutir seus problemas coletivamente e se houvesse espaço na sociedade as pessoas participariam para poderem encaminhar as soluções encontradas?
1.3. A comunidade deve discutir apenas os problemas pessoais e da comunidade ou deve também discutir e encaminhar os problemas de toda a sociedade?

2. Olhando a Palavra de Deus: Isaías 58, 1- 11
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Que prática religiosa Deus critica, no texto?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Qual a prática religiosa (de fé) Deus quer, conforme o texto, e que conseqüências isto trará?

3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Que falsas práticas religiosas  (de fé) existem em nossas comunidades?
3.2. Nós estamos dispostos a esta atitude de fé dos versículos 6 a 10 que Deus recomenda e o que isto trará para a sociedade toda?




Encontros da Pastoral do/a Pequeno/a Agricultor/a - Ibirubá
I - Análise da Realidade
Canto
Saudação
Saúdo a todos e todas com as palavras do apóstolo: A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. (II Co 13.13)
Estamos contentes com a presença de todos e de todas. Que todos e todas se sintam bem e que Deus abençoe o nosso encontro. Estamos aqui reunidos em nome de Deus Pai,  Filho e Espírito Santo. Amém.
Motivação
Hoje queremos estudar e refletir sobre a nossa realidade. Queremos primeiro descobrir porque esta realidade é assim e também pedir que Deus nos ilumine para que possamos achar saídas para as situações de conflito em que nos encontramos. Convido para uma oração.
Oração
Senhor Jesus Cristo pedimos a tua presença neste nosso encontro. Ilumina-nos com a tua palavra. Ajuda-nos a entender a nossa vida e o teu projeto de vida para todos. Nós te agradecemos por podermos nos reunir ao redor do teu Evangelho. Agradecemos acima de tudo que morreste por nós para nos abrir a possibilidade da ressurreição do corpo e da vida eterna. Amém.
Leitura Bíblica:
Ouçamos a palavra bíblica do Salmo 146
1  Aleluia! Louva, ó minha alma, ao SENHOR.
2  Louvarei ao SENHOR durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto eu viver.
3  Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação.
4  Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios.
5  Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no SENHOR, seu Deus,
6  que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e mantém para sempre a sua fidelidade.
7  Que faz justiça aos oprimidos e dá pão aos que têm fome. O SENHOR liberta os encarcerados.
8  O SENHOR abre os olhos aos cegos, o SENHOR levanta os abatidos, o SENHOR ama os justos.
9  O SENHOR guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva, porém transtorna o caminho dos ímpios.
10  O SENHOR reina para sempre; o teu Deus, ó Sião, reina de geração em geração. Aleluia!
Destacamos neste texto:
Não confiar cegamente nos governantes, eles não salvam ninguém.
Bem-aventurado o que confia em Deus.
Pois, Deus faz justiça aos oprimidos, ama os justos, dá pão aos famintos e ampara os fracos. Os governantes normalmente não fazem isto.
Canto
Estudo do Tema:
Análise da Realidade
I - Olhando a Prática da vida
1.O que nós produzimos e como produzimos?
2.Somos livres para produzir o que nós queremos?
3.Nós somos livres? Onde passamos as nossas férias? Por que não passamos as nossas férias no Japão?

II - Olhando a Palavra de Deus
1.Vamos ler  Neemias 5, 1 - 13 e recontar o texto em conjunto com as nossas próprias palavras.
1  Algum tempo depois, muitas pessoas, tanto homens como mulheres, começaram a reclamar contra os seus patrícios judeus.
2  Alguns diziam: -As nossas famílias são grandes, e precisamos de trigo para nos alimentarmos e continuarmos vivos.
3  Outros diziam: -Para não morrermos de fome, nós tivemos de penhorar os nossos campos, as nossas plantações de uvas e as nossas casas a fim de comprar trigo.
4  E outros, ainda, disseram: -Tivemos de pedir dinheiro emprestado para pagar ao rei os impostos sobre os nossos campos e plantações de uvas.
5  Acontece que nós somos da mesma raça dos nossos patrícios judeus, e os nossos filhos são tão bons como os deles. No entanto, nós temos de fazer com que os nossos filhos trabalhem como escravos. Algumas das nossas filhas já foram vendidas como escravas. Não podemos fazer nada para evitar isso, pois os nossos campos e as nossas plantações de uvas foram tomados de nós.
 6  Quando eu, Neemias, ouvi essas queixas, fiquei zangado
7  e resolvi fazer alguma coisa. Repreendi as autoridades do povo e os oficiais e disse: -Vocês estão explorando os seus irmãos! Depois de pensar nisso, eu reuni todo o povo a fim de tratar desse problema
8  e disse: -De acordo com as nossas posses, nós temos comprado dos estrangeiros os nossos patrícios judeus que tiveram de se vender a eles como escravos. E agora vocês, que são judeus, estão forçando os seus próprios patrícios a se venderem a vocês! As autoridades ficaram caladas e não acharam nada para responder.
9  Então eu disse: -O que vocês estão fazendo é errado! Vocês deviam temer a Deus e fazer o que é direito, em vez de dar aos nossos inimigos, os não-judeus, razão para caçoar de nós.
10  Eu, e os meus companheiros, e os homens que trabalham para mim temos emprestado dinheiro e trigo ao povo. E agora vamos perdoar essa dívida.
11  Portanto, vocês também, perdoem todas as dívidas deles-dinheiro, vinho ou azeite. E devolvam agora mesmo os seus campos, as suas plantações de uvas e de oliveiras e as suas casas!
12  As autoridades responderam: -Está bem. Nós vamos fazer o que você está dizendo. Vamos devolver as propriedades e não vamos cobrar as dívidas. Então eu chamei os sacerdotes e fiz as autoridades jurarem que cumpririam essa promessa.
13  Depois tirei a faixa que usava na cintura e a sacudi. E disse: -É assim que Deus vai sacudir qualquer um de vocês que não cumprir a sua promessa. Deus tirará dele a sua casa e tudo o que ele tem e o deixará sem nada. E todos os que estavam ali disseram: -Amém! Que assim seja! Aí louvaram ao Deus Eterno. E cumpriram a promessa que haviam feito.

2.Qual a saída que os agricultores encontraram, no texto, para sair das dificuldades?
3.O que há de parecido com os pequenos agricultores de hoje com a realidade deste texto?

III - Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
1.Que dificuldades nós temos hoje?
2.Temos dívidas? As nossas dívidas nos preocupam muito a ponto de perdermos o sono?
3.Nossas dívidas são investimentos que vão melhorar a nossa situação ou vão nos descapitalizar?
4. Plantar trigo, soja, milho é bom e rentável?
5.Qual o custo de produção do que produzimos?
6.Nossos filhos vão fazer o que na vida?
7. Que outras formas de produção nós conhecemos além da nossa?
8. Que saídas há para nós?
Canto
Oração
Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em tua presença nos reunimos nesta casa. Pedimos: abençoa esta casa e esta família. Dá força a ela para enfrentar todas as dificuldades. Dá-lhes alegria no convívio familiar. Dá-lhes saúde e disposição para viver o Evangelho a cada dia. Anima-a para receber sempre bem a todos como nos recebeu hoje. Abençoa a todos nós e às nossas famílias. Abençoa o nosso trabalho e os nossos projetos de vida. Ilumina-nos para sempre melhor compreendermos a tua Palavra e dá-nos força para vivermos segundo ela. Queremos aqui trazer as nossas intercessões: ... ... ...
E em conjunto oremos o Pai Nosso...
Pai Nosso
Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
Bênção
O Senhor vos abençoe e vos guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre vós e tenha misericórdia de vós; o Senhor sobre vós levante o seu rosto e vos dê a paz; em nome de Deus Pai,  Filho e Espírito Santo. Amém.
Canto



II - Para onde vai a Agricultura Familiar?
Canto
Saudação
Saúdo a todos e todas com as palavras do apóstolo: A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. (II Co 13.13)
Estamos contentes com a presença de todos e de todas. Que todos e todas se sintam bem e que Deus abençoe o nosso encontro. Estamos aqui reunidos em nome de Deus Pai,  Filho e Espírito Santo. Amém.
Motivação
Hoje queremos estudar e refletir sobre a realidade da Agricultura Familiar. Queremos primeiro descobrir porque esta realidade é assim e também pedir que Deus nos ilumine para que possamos estar abertos para a discussão e reflexão e achar saídas para a Agricultura Familiar. Convido para uma oração.
Oração
Senhor Jesus Cristo pedimos a tua presença neste nosso encontro. Ilumina-nos com a tua palavra. Ajuda-nos a entender a nossa vida e o teu projeto de vida para todos. Nós te agradecemos por podermos nos reunir ao redor do teu Evangelho. Agradecemos acima de tudo que morreste por nós para nos abrir a possibilidade da ressurreição do corpo e da vida eterna. Amém.
Leitura Bíblica:
Ouçamos a palavra bíblica de
Provérbios 30, 7 - 9
7  Eu te peço, ó Deus, que me dês duas coisas antes de eu morrer:
8  não me deixes mentir e não me deixes ficar nem rico, nem pobre. Dá-me somente o alimento que preciso para viver.
9  Porque, se eu tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não preciso de ti. E, se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu nome, ó meu Deus.
Destacamos neste texto:
O que nós precisamos para viver?
O rico esquece de Deus, o pobre tem que roubar para viver
Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário;

Canto
Estudo do Tema:
Para onde vai a Agricultura Familiar?
I - Olhando a Prática da vida
Vamos relembrar o que falamos no encontro passado.
1.Que planos nós pequenos agricultores temos para o nosso futuro?
2.Que planos os nossos filhos têm?
3.Estes planos podem se realizar?

II - Olhando a Palavra de Deus
1.Vamos ler  Tiago 5, 1 - 11 e recontar o texto em conjunto com as nossas próprias palavras.
1  Agora, ricos, escutem! Chorem e gritem pelas desgraças que vocês vão sofrer!
2  As suas riquezas estão podres, e as suas roupas finas estão comidas pelas traças.
3  O seu ouro e a sua prata estão cobertos de ferrugem, e essa ferrugem será testemunha contra vocês e, como fogo, comerá o corpo de vocês. Nestes últimos tempos vocês têm amontoado riquezas
4  e não têm pago os salários das pessoas que trabalham nos seus campos. Escutem as suas reclamações! Os gritos dos que trabalham nas colheitas têm chegado até os ouvidos de Deus, o Senhor Todo-Poderoso.
5  Vocês têm tido uma vida de luxo e prazeres aqui na terra e estão gordos como gado pronto para o matadouro.
6  Vocês têm condenado e matado os inocentes, e eles não podem fazer nada contra vocês.
7  Por isso, irmãs e irmãos, tenham paciência até que o Senhor venha. Vejam como o lavrador espera com paciência que a sua terra dê colheitas preciosas. Ele espera pacientemente pelas chuvas do outono e da primavera.
8  Vocês também precisam ter paciência. Não desanimem, pois o Senhor virá logo.
9  Irmãos e irmãs, não se queixem uns dos outros para não serem julgados por Deus. O Juiz está perto, pronto para vir.
10  Lembrem dos profetas que falaram em nome do Senhor e os tomem como exemplo de paciência nos momentos de sofrimento.
11  E nós achamos que eles foram felizes por terem suportado o sofrimento. Vocês têm ouvido a respeito da paciência de Jó e sabem como no final Deus o abençoou. Porque o Senhor é cheio de bondade e de misericórdia.

2.Como as riquezas podem ser corruptas?
3. Conforme o texto, como alguém pode enriquecer de forma desonesta? Alguém pode enriquecer honestamente?
4.Como o trabalho dos pequenos agricultores hoje é retido com fraude?
5.Ser paciente é aceitar tudo e ficar quieto?

III - Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
1.Que formas de luta contra as injustiças que atingem os pequenos agricultores há hoje?
2.Nós ainda sonhamos com uma cooperativa democrática, com uma associação, com a agroecologia e com algum movimento popular?
3.Quais as saídas que existem para a agricultura familiar?
4.O que o governo e os poderosos grupos internacionais planejam para o futuro da agricultura brasileira? (Ler a análise do texto que segue)

Conjuntura Agrícola e Agrária
Objetivos atuais do Capitalismo para a Agricultura Brasileira são:
I - Implantar o Modelo Agrícola Americano
II - Extinção da Agricultura Familiar

I - Implantar o Modelo Agrícola Americano
Este modelo está sendo colocado e aplicado  pelas grandes empresas transnacionais e viabilizado pelo governo FHC com estrutura de crédito, tecnologia, vias férreas, portos, novas colonizações para médios e grandes produtores no nordeste (Piauí, Maranhão, Tocantins), etc.
Há um novo zoneamento agrícola, ex.: O RS não é mais área para o soja, e sim, o Centro-Oeste e Nordeste. Suínos vão ser criados em grande quantidade no Mato Grosso.
Como se implantará o Modelo Agrícola Americano?
A - Agricultura será controlada por grandes empresas transnacionais.
B - Agricultura acontecerá em grandes Complexos Agro-industriais – CAI
C – A Agricultura se baseará em Novo Padrão Tecnológico.
D - O Estado está fora do planejamento agrícola.

A - Agricultura controlada por grandes empresas transnacionais.
A agricultura sai da esfera de influência do governo e vai para o controle das empresas transnacionais. Serão de 16 a 25 empresas que irão controlar 85% do mercado do mundo. Já há tempo existe um controle das grandes empresas sobre as máquinas e implementos, adubos e venenos. Faltava um controle sobre as sementes:
1º controlaram via sementes híbridas que requerem muito adubo químico e venenos que os grandes grupos transnacionais produzem e vendem;
2º  via sementes transgênicas que também os grandes grupos transnacionais controlam esta tecnologia e os agricultores terão que comprar estas sementes. É a dependência total, escravidão total.
Para a ciência controlada pelas multinacionais faltava controlar as sementes. Com os híbridos já se avançou no controle do conhecimento e se completou isto com o controle da tecnologia das sementes transgênicas.
 A Tecnologia não é um problema. A questão é o uso que se faz dela para o lucro somente. Transgênico que visa a vida não é um mal. O controle desta pesquisa deve ser público e não apenas pelas transnacionais. Quando se rompe as barreiras das espécies não se sabe o que vai acontecer. Transgênicos polinizam as espécies silvícolas e estas viram transgênicas e aí se perde o controle sobre o processo.
Na revista Agroecologia e Desenvolvimento  Rural Sustentável, Porto Alegre, v.2, nº2, de abr./jun. 2001 diz:
Agricultor canadense é condenado
“Percy Schmeiser é um agricultor canadense que planta canola. Ele utilizou sementes que não eram de propriedade da Monsanto, nem as obteve ilegalmente. Acontece que seus vizinhos cultivam canola  transgênica e o pólen destas plantas voou para o plantio de Percy. Os genes do canola transgênica da Monsanto invadiram a plantação de Schmeiser sem o seu consentimento. Mesmo assim, a polícia genética da Monsanto colheu amostras das sementes produzidas por Percy e entrou com uma ação na justiça contra o agricultor com o argumento de que este utilizou ilegalmente sementes patenteadas, e cobrou os lucros que o produtor teria tido com a sua produção. Segundo a decisão do juiz canadense, o agricultor terá de pagar cerca de US$ 85 mil à Monsanto. No Canadá e nos EUA, começam a surgir resistências ao monopólio dos "Gigantes dos Genes", como no Estado de Indiana/EUA, onde o Congresso local publicou um decreto definindo o direito dos agricultores de guardarem suas próprias sementes para replantio”.
Causas da redução dos transgênicos:
1. Mercado – Muitas pessoas na Europa e Japão não querem comer grãos transgênicos porque sabem que faz mal e já há dois efeitos comprovados: 1 - aumento das alergias; 2 - resistência a antibióticos
2. Custos - dizem que os custos são menores. Até que no 1º  momento o serão; e quem garante que depois não subirão os custos quando a empresa tiver o monopólio das sementes e dos venenos?
3. Opinião Pública está acordando para esta questão.
B - Agricultura em grandes Complexos Agro-industriais - CAI
Segundo o conceito dos grandes grupos no RS, SC, PR não é mais viável a produção de grãos por pequenos agricultores por causa das terras fracionadas onde não dá para utilizar aviação agrícola e porque eles não conseguem comprar a alta tecnologia.
C - Novo Padrão Tecnológico se baseia no:
a) Uso de sementes transgênicas
b) Uso  de uma agricultura de precisão.
Colheitadeiras com computador e GPS (aparelho localizador via satélite)  vão controlando a produtividade de cada área. Com mapa via satélite se sabe exatamente onde a terra está mais fraca e o que precisa. Na hora do plantio via computador no trator a plantadeira vai despejar exatamente nas áreas carentes os produtos químicos necessários para aumentar a produção. Assim se fará a correção do solo por metro quadrado e não haverá mais manchas de terras fracas na lavoura. Isto baixará os custos.
D - O Estado está fora do planejamento agrícola.
Segundo az proposta do governo:
-A pesquisa vai ser via empresas
-A assistência técnica vai ser das empresas
-O financiamento vai ser das empresas
Os agricultores estarão totalmente dependentes dos grandes grupos econômicos que sempre pensam primeiro e somente em seus próprios lucros.
O fumo e o suíno já são exemplos disto. As empresas fornecem tudo e os agricultores entram com o trabalho, a terra, o capital e os riscos. A produção de alimentos passa por este esquema e o pequeno produtor pode sair do mercado, que ainda são 30 milhões de pessoas que podem inchar de vez a cidade. Por causa disto este processo vai ser lento para evitar maiores problemas.
A Fundação Getúlio Vargas diz que dos hoje 4,075 milhões de proprietários em 2025 vão ser apenas 600 mil. Somente 1,6 milhões de propriedades tem hoje renda média e 750 mil tem renda negativa.
Perguntamos:
1.Que saídas podemos encontrar para não nos deixarmos subjugar totalmente aos interesses dos grandes grupos internacionais?
2.Semente Transgênica é uma tecnologia baseada no veneno; isto é bom para quem?
3.Você comeria um alimento sabendo que ele foi produzido à base de venenos e que isto pode afetar a sua saúde?
4.Você acha que é uma atitude cristã passar secante no feijão antes de colhê-lo para que não embuche a máquina? Você comeria este feijão? Você tem certeza que isto não faz mal à saúde?

Canto
Oração
Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em tua presença nos reunimos nesta casa. Pedimos: abençoa esta casa e esta família. Dá força a ela para enfrentar todas as dificuldades. Dá-lhes alegria no convívio familiar. Dá-lhes saúde e disposição para viver o Evangelho a cada dia. Anima-a para receber sempre bem a todos como nos recebeu hoje. Abençoa a todos nós e às nossas famílias. Abençoa o nosso trabalho e os nossos projetos de vida. Ilumina-nos para sempre melhor compreendermos a tua Palavra e dá-nos força para vivermos segundo ela. Queremos aqui trazer as nossas intercessões: ... ... ...
E em conjunto oremos o Pai Nosso...
Pai Nosso
Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
Bênção
O Senhor vos abençoe e vos guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre vós e tenha misericórdia de vós; o Senhor sobre vós levante o seu rosto e vos dê a paz; em nome de Deus Pai,  Filho e Espírito Santo. Amém.
Canto



III – Extinção da Agricultura Familiar
Canto
Saudação
Saúdo a todos e todas com as palavras do apóstolo: A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. (II Co 13.13)
Estamos contentes com a presença de todos e de todas. Que todos e todas se sintam bem e que Deus abençoe o nosso encontro. Estamos aqui reunidos em nome de Deus Pai,  Filho e Espírito Santo. Amém.
Motivação
Hoje queremos estudar e refletir sobre a proposta dos poderosos em extinguir a Agricultura Familiar porque ela não produz lucros para os grandes grupos transnacionais. Queremos primeiro descobrir porque esta realidade é assim e também pedir que Deus nos ilumine para que possamos estar abertos para a discussão e reflexão e achar saídas para a Agricultura Familiar. Convido para uma oração.
Oração
Senhor Jesus Cristo pedimos a tua presença neste nosso encontro. Ilumina-nos com a tua palavra. Ajuda-nos a entender a nossa vida e o teu projeto de vida para todos. Nós te agradecemos por podermos nos reunir ao redor do teu Evangelho. Agradecemos acima de tudo que morreste por nós para nos abrir a possibilidade da ressurreição do corpo e da vida eterna. Amém.
Leitura Bíblica:
Ouçamos a palavra bíblica de
2 Timóteo 1, 6 – 12
6  Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos.
7  Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.
8  Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus,
9  que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,
10  e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho,
11  para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre
12  e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia.
Destacamos neste texto:
Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.
Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor
Deus nos salvou e nos chamou para sermos o seu povo.
Nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho

Canto
Estudo do Tema:
Extinção da Agricultura Familiar
I - Olhando a Prática da vida
Vamos relembrar o que falamos no encontro passado.
1.Você acha que os pequenos agricultores vão sobrevier ainda por muito tempo?
2. Por que o governo gasta bilhões para salvar um banco falido e não investe o mesmo para salvar os pequenos agricultores?
3. Não são todos iguais perante a lei? Tendo os mesmos direitos e deveres? Por que alguns são mais iguais que os outros? E por que nós deixamos isto acontecer?

II - Olhando a Palavra de Deus
1.Vamos ler Marcos 2, 1 - 12  e recontar o texto em conjunto com as nossas próprias palavras.
1  Alguns dias depois, Jesus voltou para a cidade de Cafarnaum, e logo se espalhou a notícia de que ele estava em casa.
2  Muitas pessoas foram até lá, e ajuntou-se tanta gente, que não havia lugar nem mesmo do lado de fora, perto da porta. Enquanto Jesus estava anunciando a mensagem,
3  trouxeram um paralítico. Ele estava sendo carregado por quatro homens,
4  mas, por causa de toda aquela gente, eles não puderam levá-lo até perto de Jesus. Então fizeram um buraco no telhado da casa, em cima do lugar onde Jesus estava, e pela abertura desceram o doente deitado na sua cama.
5  Jesus viu que eles tinham fé e disse ao paralítico: -Meu filho, os seus pecados estão perdoados.
6  Alguns professores da Lei que estavam sentados ali começaram a pensar:
7  "O que é isso que esse homem está dizendo? Isso é blasfêmia contra Deus! Ninguém pode perdoar pecados; só Deus tem esse poder!"
8  No mesmo instante Jesus soube o que eles estavam pensando e disse: -Por que vocês estão pensando essas coisas?
9  O que é mais fácil dizer ao paralítico: "Os seus pecados estão perdoados" ou "Levante-se, pegue a sua cama e ande"?
10  Pois vou mostrar a vocês que eu, o Filho do Homem, tenho poder na terra para perdoar pecados. Então disse ao paralítico:
11  -Eu digo a você: Levante-se, pegue a sua cama e vá para casa.
12  No mesmo instante o homem se levantou na frente de todos, pegou a cama e saiu. Todos ficaram muito admirados e louvaram a Deus, dizendo: -Nunca vimos uma coisa assim!

2. Por que os amigos do paralítico não se conformaram com o fato de não haver espaço para passar pela porta e deixaram tudo como está?
3. O que significam as palavras do texto: “Jesus viu que eles tinham fé”? O que a fé dos outros tem a ver com a cura do paralítico?
4. A fé cristã deixa tudo como está ou se impõe para conseguir mudanças para proteger a vida das pessoas? 
5. A nossa comunidade cristã está se empenhando para defender a vida ou defende o uso de venenos na produção de alimentos que vão envenenar os consumidores?



III - Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
Vamos ler um texto que fala da proposta de extinção da Agricultura Familiar segundo o interesse do governo e dos grandes grupos transnacionais.

II – Como resistir frente à proposta da Extinção da Agricultura Familiar?
Segundo o projeto dos poderosos será um extinção lenta e não total. A Agricultura Familiar será uma  Agricultura Residual (resíduo, resto). Do ponto de vista da economia a Agricultura Familiar vai ser marginal (hoje apenas 18% da população vive no campo); tendo pouco peso  populacional e político. Nos estados do sul a Agricultura Familiar ainda tem mais de 50% de importância. A Reforma Agrária não está nos plano dos poderosos – acontecerá só nos Correios.
Vai ser assim se deixarmos!
Vamos ver alguns exemplos de resistência:
1 - Barragens - havia uma programação para a construção de 25 barragens na Bacia do rio Uruguai. Conforme o cronograma a última deveria estar pronta em 2005; em 1981 a CRAB (Comissão Regional de Atingidos por Barragens) se organizou e começou a lutar contra este projeto porque os agricultores além de perderem suas terras recebem normalmente uma indenização miserável. O reassentamento dos atingidos é uma parcela ínfima do total do custo da obra. A Crab conseguiu barrar este projeto e hoje temos apenas duas em funcionamento: a de Itá e Machadinho, no rio Uruguai.
2 – Projeto para 2000 era para ter somente 10% da população no campo - ainda somos 18%.
3 - A Agricultura Européia conseguiu resistir frente o esquema americano organizando a agricultura familiar. Até sindicatos de direita fecham as estradas nas lutas pelos direitos dos agricultores.
Como resistir?
a) Este modelo químico faz mal para a saúde. Os consumidores estão se dando conta disto e vão exigir outra qualidade de alimentos.
b) O pequeno agricultor tem que mudar o modelo de agricultura ou vai falir. Pegar crédito (Pronaf) e mudar o modelo e não comprar o pacote das multinacionais – sementes, adubo químico e venenos (sobraram a Monsanto e Pioneer). Neste modelo proposto até as  cooperativas são descartáveis; serviram apenas para viabilizar a Revolução Verde no Brasil.
c) O Estado tem que cumprir o seu papel de proteger o povo. Neste modelo o Estado fica de fora - extingue a assistência técnica e a vigilância sanitária (resultado: a aftosa está de volta). A multinacional não investe em vigilância sanitária. A população vai exigir que o Estado volte a desempenhar o seu papel.
d) Pressão popular. A pressão popular vai exigir novas organizações, pois a agricultura não se salva sozinha. Quem achar que vai se desenvolver no modelo americano está iludido.
e) Resistência - Nossa lógica não é desenvolvimento, e sim, de resistência.
Resistência:
-Econômica - produzir de tudo e não depender de nada para o consumo interno na propriedade.
-Política - enfrentar o modelo que não serve para nós. Temos que mudá-lo porque não serve para nós. É projeto contra projeto.
-Fé – Em Tiago 1, 27 diz: “ A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo”. Nós, cristãos, não nos guiamos segundo as propostas do sistema montado neste mundo que é baseado na exploração e dominação político-econômica. Nós sempre resistiremos contra os projetos que visam primeiro o lucro dos grandes e não levam em conta a vida de todas as pessoas, especialmente dos empobrecidos. O cristão não repete simplesmente a conversa dos poderosos ele se guia pelo Evangelho de Jesus Cristo que olha primeiro para os fracos e empobrecidos.

Pontos Necessários para a Mudança:
1.Mudar o Modelo Tecnológico.
2.Acabar com o latifúndio.
3.Mudar a forma de organização política e econômica.
4.Brigar por um conjunto de políticas públicas.
5.Soberania alimentar.
6.Mudar o modelo de produzir energia.

Perguntamos:
1.Por que o governo não pergunta aos pequenos agricultores o que eles precisam e só escuta as propostas dos grandes grupos transnacionais?
2.Estamos dispostos a nos organizarmos para podermos resistir frente o Projeto dos Poderosos que querem nos eliminar?
3.Que tipo de organização precisamos para podermos resistir na Agricultura Familiar?
4.Quantas vezes nós já repetimos as conversas dos poderosos e depois descobrimos que fomos enganados? Se lembram das conversas de 1964 (ditadura militar) e de 1989 (Collor)? Que resultados trouxe?

Canto
Oração
Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em tua presença nos reunimos nesta casa. Pedimos: abençoa esta casa e esta família. Dá força a ela para enfrentar todas as dificuldades. Dá-lhes alegria no convívio familiar. Dá-lhes saúde e disposição para viver o Evangelho a cada dia. Anima-a para receber sempre bem a todos como nos recebeu hoje. Abençoa a todos nós e às nossas famílias. Abençoa o nosso trabalho e os nossos projetos de vida. Ilumina-nos para sempre melhor compreendermos a tua Palavra e dá-nos força para vivermos segundo ela. Queremos aqui trazer as nossas intercessões: ... ... ...
E em conjunto oremos o Pai Nosso...
Pai Nosso
Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
Bênção
O Senhor vos abençoe e vos guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre vós e tenha misericórdia de vós; o Senhor sobre vós levante o seu rosto e vos dê a paz; em nome de Deus Pai,  Filho e Espírito Santo. Amém.
Canto



IV - Como chegamos até aqui?
Canto
Saudação
Saúdo a todos e todas com as palavras do apóstolo: A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. (II Co 13.13)
Estamos contentes com a presença de todos e de todas. Que todos e todas se sintam bem e que Deus abençoe o nosso encontro. Estamos aqui reunidos em nome de Deus Pai,  Filho e Espírito Santo. Amém.
Motivação
Hoje queremos estudar, refletir e  conversar para entendermos melhor porque chegamos à esta situação na Agricultura Familiar. Queremos primeiro descobrir porque esta realidade é assim e também pedir que Deus nos ilumine para que possamos achar saídas para as situações de conflito em que nos encontramos. Convido para uma oração.
Oração
Senhor Jesus Cristo pedimos a tua presença neste nosso encontro. Ilumina-nos com a tua palavra. Ajuda-nos a entender a nossa vida e o teu projeto de vida para todos. Nós te agradecemos por podermos nos reunir ao redor do teu Evangelho. Agradecemos acima de tudo que morreste por nós para nos abrir a possibilidade da ressurreição do corpo e da vida eterna. Amém.
Leitura Bíblica:
Ouçamos a palavra bíblica de
Miquéias 3, 1 - 12
1  Escutem, líderes e autoridades de Israel! Vocês deviam praticar a justiça
2  e, no entanto, odeiam o bem e amam o mal. Vocês tiram a pele do meu povo e arrancam a carne dos seus ossos.
3  Vocês devoram o meu povo: arrancam a pele, quebram os ossos e cortam a carne em pedaços, como se faz com a carne que vai ser cozinhada.
4  Virá o dia em que vocês clamarão ao Deus Eterno, mas ele não os atenderá; vocês fazem o que é mau, e por isso ele não ouvirá as suas orações.
5  Os profetas enganam o povo. Para os que lhes pagam eles prometem paz, mas ameaçam com guerra os que não lhes dão nada. O Deus Eterno diz a esses profetas:
6  -Em vez de visões, vocês terão a escuridão, e em vez de revelações haverá somente trevas para vocês. A luz do dia vai desaparecer para vocês, e a escuridão da noite cairá sobre vocês.
7  Os adivinhos e os que dizem o que vai acontecer no futuro passarão vergonha. Não receberão resposta de Deus e por isso ficarão desmoralizados.
8  Mas, quanto a mim, o Espírito do Deus Eterno me dá poder, amor pela justiça e coragem para condenar os pecados e as maldades do povo de Israel.
9  Escutem, líderes e autoridades de Israel! Vocês odeiam o que é bom e torcem a justiça.
10  Vocês estão construindo Jerusalém, a cidade santa, sobre um alicerce de injustiças e de crimes de sangue.
11  As autoridades de Jerusalém aceitam dinheiro para torcerem a justiça, os sacerdotes cobram para ensinarem a lei, e os profetas exigem pagamento para adivinharem o futuro. Mas mesmo assim eles afirmam que recebem ajuda de Deus. Eles dizem: "Nenhum mal vai acontecer porque o Deus Eterno está do nosso lado."
12  Portanto, por causa de vocês, Jerusalém vai virar um montão de pedras, o monte Sião vai ser arado como um campo, e o lugar onde fica o Templo se tornará uma floresta.
Destacamos neste texto:
Os cabeças: rei e pais das famílias são denunciados
Povo vira comida na panela dos opressores.
Profetas, videntes, e sacerdotes se venderam e são corruptos.
O Rei, o Templo e Jerusalém vão ser destruídos.

Canto
Estudo do Tema:
Como chegamos até aqui?

I - Olhando a Prática da vida
1.Vamos relembrar o que falamos no encontro passado.
2.Por que hoje a agricultura está do jeito que está?
Por causa da Revolução Verde. O que é isto? Nos deixamos envolver e convencer pelo projeto da Revolução Verde que foi planejada fora do Brasil após a 2ª Guerra Mundial. Ela que introduziu os agrotóxicos, adubos químicos, sementes híbridas e agora as transgênicas, a monocultura para exportação, máquinas que desenvolveram mais a indústria que a agricultura, sem mexer na estrutura da posse da terra. Este pacote foi implantado a mando do 1º Mundo principalmente durante a Ditadura Militar, para gerar lucro para as multinacionais. A Ditadura Militar estava à serviço do grande capital internacional. Assim o capitalismo penetrou e se consolidou no campo com muitas máquinas, venenos e sementes melhoradas. Isto tudo a serviço do grande capital internacional. A idéia da Revolução Verde era acabar com a fome no mundo aumentando a produtividade na agricultura via financiamentos bancários para a agricultura, máquinas (tratores, colheitadeiras, plantadeiras), produtos químicos (calcário, adubos químicos, venenos) e sementes melhoradas. A Revolução Verde não tem nada a ver com agricultura ecológica. Era a idéia de produzir alimentos a qualquer custo. Após a 2ª Guerra Mundial a indústria da guerra se reciclou e se redirecionou para produzir agora máquinas e venenos; que antes eram usados na guerra para agora serem usados na agricultura e com isto garantir o lucros destas indústrias.
 Se dizia que se acabaria com a fome no mundo com a Revolução Verde, mas a fome não diminuiu, só aumentou. Eliminar a fome não é uma questão de se ter muita comida no mundo. Não adianta ter muita comida no mundo se os pobres não tem emprego e muito menos  dinheiro para poderem comprar a comida produzida com sementes melhoradas e mais produtivas e muitos adubos químicos e máquinas sofisticadas.
Tudo isto acabou com os valores culturais do pequeno agricultor: sua música, o mutirão, a visitação, a ajuda mútua, o valor da palavra (o fio do bigode).

II - Olhando a Palavra de Deus
1.Vamos ler Mateus 20, 1 - 16 e recontar o texto em conjunto com as nossas próprias palavras.
2.Que realidade Jesus nos conta aqui?
3.Há algo parecido hoje em dia com este relato da realidade do tempo de Jesus?
4.O que Jesus propõe, no texto, referente a justiça, trabalho, salário e reforma agrária?
 
III - Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
1. Deste modelo agrícola (Revolução Verde) surgiu o Êxodo Rural maciço e a migração para o norte do país: em 1940 havia 30% da população na cidade e 70% da população no campo e hoje tem apenas 18% no campo e 82% na cidade. Isto tudo gerou um imenso desemprego na cidade. Não houve a realização completa da Reforma Agrária e a violência no campo explodiu. O trabalho escravo nas fazendas é algo comum. A agressão à natureza via desmatamento, envenenamento, erosão e a monocultura foram algumas consequências deste modelo. Hoje temos o Modelo da Modernização Conservadora que é a integração com a agroindústria e dependência do setor financeiro que gerou uma seleção e exclusão dos pequenos agricultores. Mas também gerou a resistência dos agricultores e agricultoras. Como resistência à este modelo surgiu o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), MMTR (Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais), MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), MST (Movimentos dos Sem Terra), Associações de Pequenos Agricultores, pequena cooperativas de pequenos agricultores e outros movimentos como forma de buscar um Projeto Alternativo ao capitalismo.
2. Que outras saídas nós conhecemos ou já praticamos?
3. Onde nós pequenos agricultores vamos nos engajar e o que vamos fazer para conseguirmos resistir e sobreviver na agricultura?

Canto
Oração
Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em tua presença nos reunimos nesta casa. Pedimos: abençoa esta casa e esta família. Dá força a ela para enfrentar todas as dificuldades. Dá-lhes alegria no convívio familiar. Dá-lhes saúde e disposição para viver o Evangelho a cada dia. Anima-a para receber sempre bem a todos como nos recebeu hoje. Abençoa a todos nós e às nossas famílias. Abençoa o nosso trabalho e os nossos projetos de vida. Ilumina-nos para sempre melhor compreendermos a tua Palavra e dá-nos força para vivermos segundo ela. Queremos aqui trazer as nossas intercessões: ... ... ...
E em conjunto oremos o Pai Nosso...
Pai Nosso
Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
Bênção
O Senhor vos abençoe e vos guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre vós e tenha misericórdia de vós; o Senhor sobre vós levante o seu rosto e vos dê a paz; em nome de Deus Pai,  Filho e Espírito Santo. Amém.
Canto