"Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (Jo 8.32)
15 de janeiro de 2015
O FIO DA MEADA
Frei Betto
O ataque terrorista ao jornal “Charlie Hebdo” não foi apenas um gesto tresloucado de dois jovens franceses de fé muçulmana. Ele se origina em um dos últimos capítulos da Guerra Fria: a ocupação do Afeganistão pelos soviéticos (1979-1989). Em 1979, um golpe de Estado levou ao poder afegãos pró-soviéticos.
Zbigniew Brzezinsky, responsável pela Segurança Nacional dos EUA na gestão Jimmy Carter, viu na ocupação soviética excelente oportunidade de colocar em prática seu mirabolante plano para rechaçá-la e instalar um governo pró-EUA: incrementar o fanatismo religioso contra os “comunistas ateus”.
Havia alternativas, como grupos nacionalistas afegãos, laicos, que se opunham a Moscou. Porém, a Casa Branca preferiu chocar o ovo da serpente e patrocinar os grupos fundamentalistas reunidos na Aliança Islâmica do Mujahedin (combatente) Afegão, que reagia indignada aos propósitos da infiel modernização soviética, como permitir às meninas acesso à escola...
Agentes da CIA passaram a incentivar a jihad (guerra santa) contra os soviéticos. A Arábia Saudita, aliada da Casa Branca, se dispôs a doar US$ 20 bilhões para a cruzada da Aliança Islâmica treinar seus fanáticos guerrilheiros e armá-los inclusive com mísseis anti-helicópteros. A CIA desembolsou mais US$ 20 bilhões. Assim, lograriam expulsar os “comunistas ateus” e levar ao poder um governo aliado dos EUA.
George Bush pai era, desde os anos 60, amigo íntimo de um saudita do ramo da construção: Muhammad Bin Laden, pai de Osama. Após o Afeganistão ser invadido pelos russos, ele propôs ao amigo que seu filho trabalhasse para a CIA, na Arábia Saudita, disfarçado de monitor da ONG Blessed Relief. Logo, o jovem Osama, de 23 anos, foi transferido para Cabul, entusiasmado com a jihad financiada pelos EUA. Através de sua ONG, atraiu 4 mil voluntários sauditas que, no Afeganistão, foram incorporados à Aliança Islâmica – berço do Taliban e, a médio prazo, do Estado Islâmico.
A queda do Muro de Berlim e o esfacelamento da União Soviética apressaram a saída das tropas de Moscou do Afeganistão. Porém, os 4 mil voluntários sauditas, ao retornarem a seu país de origem, já não se readaptaram à vida civil. Sem formação política, haviam sido transformados em “máquinas de matar”.
O rei Fahd ainda tentou cooptar o jovem rebelde Osama Bin Laden. Nomeou-o conselheiro real. Mas ele retornara encantado com a jihad, obcecado em combater os infiéis. No ano seguinte, foi expulso da Arábia Saudita. E em 1996 declarou a jihad contra os EUA.
Os atos terroristas contra o “Charlie Hebdo” e o supermercado judaico resultaram da política equivocada dos EUA e da Europa Ocidental no Oriente Médio.
Em 2003, Geoge W. Bush invadiu o Iraque sob pretexto de armas de destruição em massa e alinhamento com Bin Laden. Ao terminar a guerra, os xiitas tomaram o poder no Iraque, para decepção dos EUA, que preferiam os sunitas. Passam, então, a estimular os sunitas a derrubarem os xiitas, também influentes na Síria.
O gênio escapou da garrafa: os sunitas formaram o Estado Islâmico. O EI agora domina parte da Síria e do Iraque e oferece ao mercado petróleo bem mais barato, angariando uma fortuna.
Diante do terror, todas as atitudes segregadoras, da islamofobia à “guerra infinita”, são inúteis. O terror é imprevisível. E continuará a sê-lo, enquanto o Ocidente acreditar que a paz resultará da imposição das armas, e não como fruto da justiça e do reconhecimento de que a diversidade de ideias e crenças é um direito - e merece respeito.
Frei Betto é escritor, autor de “Fome de Deus” (Paralela), entre outros livros.
http://www.brasildefato.com.br/node/30991
Avelãs Nunes: Os Blair do mundo são tão terroristas quanto os do Charlie
Tenho acompanhado as imagens e os comentários sobre o massacre na sede do Charlie Hebdo, em Paris. Também eu penso que se trata de um massacre, algo que a civilização não pode comportar. Mas também penso, como alguns (não sei se muitos) outros, que o essencial a discutir, para preservar a liberdade e a civilização, não é propriamente a história trágica dos assassinos e dos assassinados.
Creio que é necessário recordar que foi o terrorismo que, em 1948, expulsou milhões de palestinianos das suas casas e das suas terras. E lembrar que os crimes por terrorismo não prescrevem. E lembrar que um dos mais célebres terroristas desse tempo (Menahem Begin) foi anos depois Primeiro-Ministro de Israel e condecorado com o Prémio Nobel da Paz (como, entre outros, Kissinger, Obama e a UE).
É preciso não esquecer que, desde 1967, Israel ocupa ilegitimamente, território palestiniano e que ninguém, na dita ‘comunidade internacional’, se lembrou de invadir Israel e matar o ‘ditador’, como fizeram com o Iraque. É preciso recordar que esta situação (com a construção ilegal dos colonatos, a construção do ‘muro da vergonha’ e muitas outras vergonhas toleradas (estimuladas e pagas) pelo ‘mundo livre’) constitui uma humilhação para os palestinianos e para o mundo árabe. É preciso não esquecer que a Carta da ONU reconhece aos povos ocupados o direito de resistir à potência ocupante por todos os meios, incluindo a luta armada.
Ninguém (entre os democratas) condena as forças da Resistência pelos atos de ‘terrorismo’ praticados contra o ocupante nazi; os salazarentos chamavam terroristas aos combatentes dos movimentos de libertação que Paulo VI recebeu no Vaticano; o ‘mundo livre’ (vá lá…, uma boa parte dele) chamou terrorista a Nelson Mandela e achou muito bem que ele estivesse preso por não renunciar à luta armada, até chegar à conclusão de que, afinal, aquele ‘terrorista’ era uma referência moral do mundo inteiro.
Talvez o ato mais importante (oxalá decisivo) contra o terrorismo islamita fosse obrigar Israel a cumprir as múltiplas decisões da AG da ONU no sentido de entregar aos palestinianos o território que lhes pertence (e já se deixa de lado o território pilhado pelas ações terroristas de 1948 e antes). Após a constituição do estado da Palestina (com a capital em Jerusalém), então poderia exigir-se a este e ao povo palestiniano que respeitasse a soberania e a segurança do estado de Israel.
Parece-me uma enorme hipocrisia aceitar (como estão a dizer as televisões) que Netanyahu (que comete atos inaceitáveis de terrorismo de estado, muito mais grave do que o terrorismo dos ‘fanáticos’) desfile ao lado dos que protestam contra o terrorismo. Como classificar os bombardeamentos de Israel sobre territórios palestinianos, sacrificando milhares de inocentes? Como classificar os atos do estado de Israel que, recorrentemente, destrói as casas de família dos familiares dos palestinianos que cometem atos de terrorismo contra cidadãos israelitas? Em nenhuma civilização os crimes de uns podem incriminar outros, só porque são familiares do criminoso. E se a vendetta é repugnante quando praticada pela máfia, é muito mais repugnante quando praticada por estados que se querem civilizados. Como seria bom que, depois da barbárie nazi de Guernica e de Oradour crimes destes não se repetissem…
Em consequência de bombardeamentos e outros ataques israelitas, morreram, em 2014, 600 crianças palestinianas da Faixa de Gaza. Terão sido mortas para defender a liberdade de imprensa? Esses mesmos bombardeamentos mataram 17 jornalistas em funções na Faixa de Gaza. Talvez estivessem a abusar da liberdade de expressão. Uma coisa é certa: não se trata de terrorismo, são meros “danos colaterais”…
O que eu penso é que este massacre dos jornalistas franceses é mais um episódio desgraçado de uma guerra global feita pelo e em nome dos interesses do famoso complexo militar-industrial, que não deixou Eisenhower governar segundo a sua vontade, que impôs ao mundo a guerra fria e todas as guerras quentes que fizeram do século XX um inferno e que continuam a marcar o séc. XXI. Em nome desses interesses é que o ‘mundo civilizado’, defensor da liberdade de imprensa, da tolerância e de todas as virtudes republicanas, criou, doutrinou, treinou, armou e pagou (e paga) os bandos terroristas islamitas inventados para expulsar os soviéticos do Afeganistão e depois replicados em várias outras situações.
Foi em nome da tolerância laica e republicana que todas as franças do ‘mundo civilizado’ inventaram o Kosovo (um ‘país’ que dá cobertura a uma base americana, entregue a bandos de terroristas e traficantes de mulheres, de armas, de droga e de tudo o que dê DINHEIRO ) e o entregaram a extremistas islamitas? Foi a defesa da liberdade de imprensa que justificou, aqui há anos (1999, salvo erro), o bombardeamento pela NATO do edifício da televisão sérvia, provocando dezenas de mortos?
Na altura, o porta-voz do Pentágono justificou o ataque invocando que a TV da Sérvia fazia parte integrante da máquina de guerra de Milosevic. Quem se admira que os fanáticos do Islão pensem que o Charlie Hebdofaz parte integrante da máquina de guerra do ‘ocidente’ contra o Islão?
Dos fanáticos não pode esperar-se racionalidade (para já não falar de decência e de humanidade), mas do Pentágono (e da NATO e da ‘Europa’ que apoiou os EUA) temos o direito de exigir racionalidade e respeito pelos valores do homem. Recordo de ouvir então o ‘não-terrorista’ Tony Blair declarar na TV (uma TV boa, com certeza) que a TV sérvia era um alvo militar legítimo. Certamente porque apoiava o Presidente Slobodan Milosevic (que os EUA tinham declarado inimigo) e difundia notícias (até podiam ser inverdades…) que não agradavam ao Sr. Blair e aos ‘civilizados’ dirigentes da NATO.
Como nega agora o Sr. Blair idêntico ‘direito’ aos que se sentem ofendidos com os textos e cartoons publicados pelo Charlie? A liberdade de imprensa da TV sérvia era má e a liberdade de imprensa da Charlie é boa? Quem define, então, o que é bom e o que é mau? Cá por mim, concluo que o Sr. Blair e outros vários Blaires são tão terroristas como os que agora assassinaram os jornalistas do Charlie. Com algumas diferenças: os Tony Blair que, mentindo aos seus povos e ao mundo, fizeram guerra ao Iraque (e depois à Líbia e agora à Síria) mataram centenas de milhar de inocentes; nenhum deles foi morto pela polícia francesa; nenhum deles irá responder no TPI por crimes contra a humanidade.
Pergunto: foi em nome de quaisquer valores dignos do Homem que os Blaires do mundo fizeram a guerra contra o Iraque, contra a Líbia e contra a Síria? Esta guerra não é terrorismo de estado? Os milhões de vítimas que viram as suas vidas destruídas e os seus países destruídos não são vítimas de nenhum terrorismo? Então são vítimas de quê? Ou morreram de morte natural?
Quem criou e armou o bando dos “Amigos da Síria”? Estes ‘amigos’ não serão agora os ‘amigos do “estado islâmico”? Como em tantas outras situações da vida, o feitiço parece voltar-se agora contra o feiticeiro… Dramaticamente, talvez os ‘terroristas islamitas’, criados, doutrinados e pagos pelo ‘império’ atuem, sem se dar conta disso, por conta desse mesmo ‘império’, em todos os ‘estados islâmicos’ do mundo, em todas os ataques contra todos os Charlies em qualquer parte do mundo (no Mali, na Nigéria, na República Centro-Africana…).
E o que se passa na Ucrânia, entregue a bandos fascistas e facínoras, depois de um processo de luta que não seria tolerado em nenhuma capital europeia, nem mesmo em Lisboa (quem se esquece do gravíssimo atentado à democracia cometido pelos polícias que subiram umas quantas escadas que dão acesso ao edifício da AR?). O massacre cometido na Casa dos Sindicatos de Odessa não foi um ato terrorista? Quantos milhões de pessoas se manifestaram contra ele? Os jornalistas assassinados merecem todo o respeito e toda a solidariedade do mundo. Mas os que foram chacinados na Casa dos Sindicatos de Odessa não merecem idêntico respeito e solidariedade?
Quero deixar claro que, a meu ver, um ato de terrorismo não legitima (não torna lícito moralmente) outro ato de terrorismo. O terrorismo não pode justificar-se à luz da civilização. Mas talvez ajude a compreendê-lo (o sono da razão gera monstros!). O que é certo é que nenhum dos ‘terroristas’ comprometidos com os massacres no Iraque, na Líbia e na Síria vão ser chamados ao TPI, criado para ‘julgar’ os que são de antemão considerados os maus. E os crimes cometidos pelos que estão do lado dos bons não são crimes, são atos de heroísmo praticados em defesa da democracia.
Esta ‘Europa civilizada’, que nos brindou (a nós e aos espanhóis) com trinta anos suplementares de fascismo, deu cobertura às prisões clandestinas semeadas pelos EUA em território europeu, verdadeiros Guantanamos onde muitas pessoas (quantas?) estão presas e são torturadas, anos a fio, sem culpa formada, sem acesso a advogado, sem contacto com a família, só porque os serviços secretos americanos decidem que assim seja (para combater o ‘terrorismo internacional’, é claro). Estes são crimes que deveriam envergonhar todos os defensores da liberdade, incluindo da liberdade de imprensa, em nome da qual, penso eu, os grandes órgãos da comunicação social silenciam estes e outros atos de terrorismo, as políticas sistemáticas e continuadas de terrorismo levadas a cabo por todos os Bush, por todos os Obama, por todos os Hollande-Sarkozys do mundo.
Por alturas do ataque às torres gémeas, o jornalista Francisco Sarsfield Cabral escreveu (no Público, creio) uma nota em que concluía mais ou menos deste modo: dizem agora que o mundo vai dar combate ao terrorismo internacional; pois bem: eu fico à espera para ver o que vai acontecer aos paraísos fiscais, por onde passa todo o tráfico de armas, drogas, mulheres, etc., e por onde passam as operações de financiamento do terrorismo internacional; se nada lhes acontecer, terei de concluir que o mundo, afinal, não quer combater o terrorismo internacional. Pois bem. O que aconteceu aos paraísos fiscais? O negócio corre de vento em poupa, cada vez mais próspero.
Olhando para a nossa Europa. Queremos maior atentado contra a democracia, contra a inteligência e contra a decência do que o desgraçado slogan tatcheriano NÃO HÁ ALTERNATIVA (TINA)? Querem maior obscurantismo do que isto? Isto não é uma nova Inquisição? Não é em nome deste dogma que se estigmatizam todos os que não concordam com ele e persistem em proclamar a sua fé na liberdade de pensamento dos homens? Não é em nome deste dogma que se vêm aplicando as políticas de austeridade salvadora, humilhando povos inteiros, num retrocesso civilizacional perigosíssimo? Não são estes dogmas que impõem os tratados orçamentais, com todas as suas ‘regras de ouro’ e outras de metais menos nobres, que matam a soberania dos povos da Europa e reduzem os ‘povos do sul’ a um indisfarçável estatuto colonial? Não são estes dogmas que, matando a soberania nacional, estão a liquidar o único quadro dentro do qual pode lutar-se pela democracia, pela liberdade, pela civilização? Estas ‘políticas terroristas’ não justificarão muito mais a unidade de todas as franças da Europa e do mundo contra aqueles que friamente as aplicam todos os dias e não apenas no desgraçado dia do massacre dos cartunistas doCharlie Hebdo? Não são estes os dogmas que todos os dias amordaçam a liberdade de pensamento, a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa? Se metermos bem a mão na consciência, teremos de responder que sim: estes são os dogmas do pensamento único.
Para não remar contra a maré, eu sou Charlie. Estou do lado dos que foram assassinados, não estou do lado dos assassinos.
Mas estou também do lado de Mona Chollet, a jornalista do Charlie Hebdo que foi sumariamente despedida em 2000 por protestar contra um artigo do editor da revista (Phillipe Val) que chamava “não civilizados” aos palestinianos: então, a ‘liberdade de imprensa’ foi invocada para despedir uma jornalista, tendo-se conservado no seu posto o editor, substituído apenas em 2009 por Stéphane Charbonier, agora assassinado.
E estou igualmente (que bom se estivéssemos todos…) do lado dos 34 estudantes que foram barbaramente sequestrados, torturados e assassinados pelas ‘autoridades’ mexicanas por quererem manifestar publicamente as suas opiniões. E estou do lado dos sindicalistas massacrados em Odessa. E estou do lado das vítimas do terrorismo praticado em todos os ‘civilizados’ guantanamos do mundo. E estou do lado de todas as vítimas do terrorismo, desde as vítimas do terrorismo de estado (“danos colaterais” de bombardeamentos ou vítimas de drones criminosos) às vítimas do fanatismo de todas as religiões e às vítimas do sectarismo classista das políticas praticadas em nome do argumento TINA, que vêm empobrecendo e humilhando povos inteiros nesta nossa europa do euro.
Uma coisa é certa, para mim: ao contrário do que disse o nosso primeiro ministro, em todas estas ‘guerras terroristas’ quem se lixa é mexilhão! Mexilhões de todo o mundo, uni-vos!
António Avelãs Nunes
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/antonio-avelas.html
Estudos com o Povo Camponês
Abaixo uma experiência que fiz na Paróquia de Xingu em 1995-96 e em Ibirubá em 2001, no período do governo do FHC. No primeiro encontro o grupo fala sobre a sua realidade e levanta os temas que lhe preocupam (temas geradores). Em cima destes temas montei o estudo bíblico.
Esquema da reunião
1. Canto
2. Palavra de acolhida:
A graça do Senhor Jesus Cristo e o amor de
Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. Estamos contentes com
a presença de todos e todas. Que todos e todas se sintam bem e que Deus abençoe
o nosso encontro.
3. Falar sobre os acontecimentos
da última semana/mês e depois colocar estes acontecimentos na oração. A oração
pode ser feita de forma coletiva.
4. Canto
5. Estudo bíblico
6.Canto
7. Oração:
Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em tua presença nos
reunimos nesta casa. Pedimos: abençoe esta casa e esta família. Dê força a ela
para enfrentar todas as dificuldades. Dê-lhes alegria no convívio familiar.
Dê-lhes saúde e disposição para viver o Evangelho a cada dia. Anime-a para
receber sempre bem a todos como nos recebeu hoje. Abençoe a todos nós.
Ilumine-nos para sempre melhor compreender a tua Palavra e dê-nos força para
vivermos segundo ela. E em conjunto falemos o Pai Nosso...
CONSUMISMO
1. Olhando a Prática da Vida
1.1. Nós temos condições de
consumir tudo o que a TV mostra e por que?
1.2. Será que nós valemos mais se
consumimos mais e por que?
1.3. O que nos faz sentir
realizado: o consumo de produtos ou o que nos realiza como pessoa?
1.4. Nós valemos pelo que somos
ou pelo que consumimos?
2. Olhando a Palavra de Deus: Lc
12,13 - 21
Ler o texto com a seguinte pergunta na
memória
2.1. O que dava a sensação de
segurança ao homem da parábola?
2.2. Recontar o texto e depois
falar sobre a pergunta acima.
2.3. Compare o consumismo propagado
pelo capitalismo e o versículo 15: que conclusões tiramos desta comparação?
2.4. O homem da parábola (v.19)
estava preocupado com o consumo de todos ou só o dele? Como é hoje entre nós?
3. Vivendo a Palavra de Deus na
Prática da Vida
3.1. Consumismo é o mesmo que
egoísmo, qual a diferença e a semelhança?
3.2. Que proposta nós temos
frente ao consumismo e o egoísmo que está dentro do consumismo?
3.3. Existe um sistema econômico
que não coloca o egoísmo e o consumismo em primeiro lugar? Qual é?
CONTAS A PAGAR
1. Olhando a Prática da Vida
1.1. As nossas dívidas nos
preocupam muito a ponto de perdermos o sono?
1.2. Nossas dívidas são
investimentos que vão melhorar a nossa situação ou vão nos descapitalizar?
1.3. Temos esperança que vamos
melhorar a nossa situação ou ela vai piorar?
2. Olhando a Palavra de Deus: Mt
18,23 - 35
Ler o texto com a seguinte pergunta na
memória
2.1. Como agiu o 1º
servo em relação às contas que tinha que pagar e ao que tinha a receber?
2.2. Recontar o texto e falar sobre
a pergunta acima
2.3. Qual a atitude que nós
consideramos injusta, no texto?
2.4. A quem o Banco perdoa as
dívidas ou renegocia: aos pequenos ou aos grandes industriais e fazendeiros?
3. Vivendo a Palavra de Deus na
Prática da Vida
3.1. Como nós agimos quando temos
contas a pagar e como nós agimos com os que nos devem dinheiro?
3.2. Nós ainda emprestamos
dinheiro aos outros para que eles possam pagar as suas dívidas e que juros cobramos?
NATAL
1. Olhando a Prática da Vida
1.1. O que significa o Natal para nós adultos e o que
significa para as crianças?
1.2. Que boas notícias gostaríamos de escutar neste Natal?
1.3. Como podemos viver o espírito do Natal durante o novo
ano que vem aí?
2. Olhando a Palavra de Deus: Lc 1,46 - 55
Ler o texto com a
seguinte pergunta na memória.
2.1. O que Maria agradece à Deus?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Como esta esperança do Cântico de Maria se realizou em
Jesus?
2.4. O que Deus mudará, conforme o cântico?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida
3.1. Quem hoje tem pensamentos
soberbos?
3.2. Quem são hoje os poderosos
que precisam ser derrubados do trono e os ricos que tem que sair vazios e como
a comunidade cristã vai participar disto?
ADVENTO
1. Olhando a Prática da Vida
1.1. Quais são os nossos maiores problemas hoje?
1.2. Há esperança em resolver estes problemas e quando
estarão resolvidos?
1.3. O que nós esperamos do futuro?
2. Olhando a Palavra de Deus: Isaías 9, 1- 7
Ler o texto com a
seguinte pergunta na memória.
2.1. Quais os problemas que
esta criança (Messias) teria que resolver?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Qual a esperança colocada nesta criança?
3. Vivendo a Palavra de deus
na Prática da Vida
3.1. Nós temos alguma esperança semelhante à que aparece no
texto?
3.2. Quem vai realizar as nossas esperanças?
ADVENTO
1. Olhando a Prática da Vida
1.1. Quais são as nossas
esperanças?
1.2. O que gostaríamos que
desaparecesse e mudasse?
1.3. Advento significa algo para
nós?
2. Olhando a Palavra de Deus: Isaías
61, 1 - 3
Ler o texto com a seguinte pergunta na
memória
2.1. Que esperanças o Povo de
Israel tinha?
2.2. Recontar o texto e depois
falar sobre a pergunta acima.
2.3. Como era a situação do povo,
descrita no texto?
2.4. Ler o texto de Lucas 4,18-19
e ver o que é igual e o que é diferente do texto de Isaías. E ver qual a missão
de jesus hoje?
3. Vivendo a Palavra de Deus na
Prática da Vida
3.1. Como podemos realizar as
nossas esperanças?
3.2. Como a comunidade cristã
pode ajudar na realização das esperanças do povo?
LAZER
1. Olhando a Prática da Vida
1.1. quais as
opções de lazer que nós temos?
1.2. que lazer
o sistema capitalista oferece?
1.3. Por que o lazer é importante para nós?
2. Olhando a Palavra de deus: Deuteronômio 5, 12 - 15
Ler o texto com a
seguinte pergunta na memória.
2.1.Por que devemos guardar o Dia do Descanso?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3.Compare este texto com Êxodo 20, 8 - 11 e veja as
diferenças de argumentação para justificar o Dia do Descanso.
3. Vivendo a Palavra de deus na Prática da Vida
3.1. Nós tiramos tempo para o lazer para podermos trabalhar
melhor depois ou para desfrutar a vida?
3.2. O trabalho é o oposto do lazer ou os dois fazem parte
da vida e de nossa realização pessoal?
SOMOS ESCRAVOS DO
CAPITAL
1. Olhando a Prática da vida
1.1. Nós somos livres? Então por que não passamos as nossas
férias no Japão? Afinal, somos livres ou somos escravos que não podemos passar
as férias no Japão?
1.2.Como o capital nos escraviza na cidade e na roça?
1.3.Qual a liberdade que existe no capitalismo e que é livre
no capitalismo?
2.Olhando a Palavra de Deus: Gálatas 5,1 + 13 - 15
Ler o texto com a
seguinte pergunta na memória.
2.1.Qual a liberdade para a qual Cristo nos libertou?
2.2.Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3.Como acontece hoje o que diz o versículo 15?
2.4.O que devemos fazer como cristãos para não nos deixar
“submeter de novo ao jugo da escravidão” do capital?
3.Vivendo a Palavra de deus na Prática da Vida
3.1.a
liberdade cristã permite lutar contra o capitalismo que nos explora e escraviza
e por que?
3.2.A comunidade cristã luta contra o capitalismo ou se
acomoda a ele?
3.3.Como nós interpretamos o texto de Romanos 12,2 na luta
contra o capitalismo?
AMBIÇÃO
1.Olhando a Prática da Vida
1.1.quando a
ambição é boa e quando é ruim?
1.2.Qual o resultado da ambição no sistema capitalista?
1.3.Nós já sofremos uma vez por causa da nossa ambição ou
por causa da ambição de outra pessoa?
2.Olhando a Palavra de Deus: Lucas 14, 7 - 14
Ler o texto com a
seguinte pergunta na memória.
2.1.Qual a proposta de Jesus frente a ambição?
2.2.Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3.Por que Jesus diz para a gente convidar pessoas pobres
para as nossas festas? Qual a proposta que está atrás disto?
3.Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida
3.1.o capitalismo incentiva a ambição pelo lucro. Como nós
podemos, a partir do Evangelho de Jesus Cristo, viver um projeto de solidariedade?
NOVO GOVERNO
1.olhando a
Prática da Vida
1.1.A quem este novo governo representa de fato?
1.2.Por que o Plano Real congelou o salário e não congelou
os preços? A quem isto beneficia?
1.3.Na campanha o Presidente prometeu elevar o Salário
Mínimo a 140 dólares. Quando isto vai acontecer?
2.Olhando a Palavra de Deus: Deuteronômio 17, 14 - 20
Ler o texto com a
seguinte pergunta na memória.
2.1.O que o rei não devia fazer e ser?
2.2.Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3.O que o rei deverá fazer?
2.4.A partir dos versículos 19 - 20 como será este
governante?
3.Vivendo a Palavra de deus na Prática da Vida.
3.1.Como nós imaginamos que tem que ser nosso governante e
de que classe ele teria que ser?
3.2.Existem formas do povo participar do governo e como nós
podemos participar do governo?
COMO DEVEMOS AGIR DIANTE DE PESSOAS ENFERMAS
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Como você se sente quando está doente?
1.2. Como você reage quando está doente e recebe visitas?
1.3. Como você se sente quando você está doente, de cama,
com febre e a visita fica sentada a
tarde inteira no quarto conversando?
1.4. Como você se sente se a visita começa a falar que ela
também já teve esta doença e que demora para sarar e que o tratamento é doloroso?
1.5. como você
reage se a visita começa a falar se sua doença e de seu sofrimento e de seus
problemas?
1.6. Quando a visita ajuda e quando atrapalha o doente?
1.7. Onde está a origem da doença?
2. Olhando a Palavra de Deus: Marcos 2, 1 - 12
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. O que Jesus curou: o corpo ou o espírito?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima
2.3. Como o povo agiu frente o doente?
2.4. Como Jesus agiu frente o doente?
3. Vivendo a Palavra de Deus na
Prática de Vida
3.1. Como falamos com o doente
sobre a sua doença?
3.2. Se uma pessoa tem uma doença
incurável e ela sabe que vai morrer como falamos com ela sobre o seu futuro?
3.3. Devemos contar a uma pessoa
que ela vai morrer e como e quando vamos fazer isto e como vamos acompanhar ela
depois?
3.4. Como ajudamos e como
atrapalhamos os doentes com nossas visitas e ajudas?
SOBRE A ESPERANÇA QUE TEMOS PARA DIAS MELHORES
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Que sociedade nós sonhamos: como ela deveria ser?
1.2. Nós temos uma proposta concreta a contrapor à esta
sociedade capitalista?
1.3. Quem alimenta os nossos sonhos: a TV, os políticos de
direita, os cristãos comprometidos com o sistema capitalista, quem?
1.4. Esta nossa esperança é algo individualista, só para
nossa família, ou é uma esperança coletiva? Como nós sonhamos o futuro?
1.5. Nós nos organizamos para realizar esta esperança e com
quem ou achamos que ela se realiza assim de qualquer jeito?
2. Olhando a Palavra de Deus: II Pe 3, 11 - 13
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Como é esta esperança que os cristãos esperam?
2.2. Recontar o texto e responder a pergunta acima.
2.3. O que significa no v. 12 “apressando a vinda do dia de
Deus”?
2.4. O que acontece com as coisas existentes? Ficam ou são
eliminados?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Como nós podemos viver esta esperança cristã do novo
céu e da nova terra, nos quais habita justiça?
3.2. Como devemos nos organizar para poder apressar a vinda
do dia de Deus?
3.3. Nós estamos dispostos a quebrar o velho sistema para
poder viver o novo?
SEGURANÇA
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Por que o nosso mundo está sempre mais violento, quais
as causas?
1.2. Por que anos atrás não era assim?
1.3. A violência e o medo tem algo a ver com o atual
desenvolvimento do capitalismo, por que?
1.4. Quem é mais violento o seqüestrador ou o rico que foi
seqüestrado?
1.5. O que para nós é violência? Preço baixo dos produtos e
salário mínimo são violência para nós, e por que?
2. Olhando a Palavra de Deus: Miquéias 3, 1- 12
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. De que violência o texto fala? E quais os tipos de
violência?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a questão acima.
2.3. Quem é responsável pela violência que o povo sofre,
conforme o texto?
2.4. O v. 12 é a
proposta contra esta violência oficial; como entender esta proposta?
3. Vivendo a Palavra
de Deus na Prática de Vida
3.1. Temos, como cristãos,
propostas concretas para agir contra as raízes da violência que o
sistema capitalista nos impõem e quais são?
3.2. Como nós pobres procuramos nos defender destas
violências todas? Cada um por si ou temos formas organizadas de defesa?
POSIÇÃO FRENTE IMAGENS OU SANTOS?
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Quem é santo? Nós somos santos? Confira I Co 1,2; II
Co1,1; Ef 1,1
1.2. O que para nós são os “santos”?
2. Olhando a Palavra de Deus: I Tm 2, 1 - 7
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1.Quem é o mediador entre as pessoas e Deus ?
2.2. Recontar o texto e falar sobre a questão acima.
2.3. A quem devemos orar e por quem devemos orar?
2.4. O que Deus pede de nós, conforme o texto?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Como nós podemos respeitar as pessoas que oram à
santos?
3.2. Como podemos respeitar as outras confissões cristãs e
como podemos colocar para elas a nossa proposta?
3.3. Qual é a nossa proposta?
JUSTIÇA E LEIS BENEFICIAM A QUEM?
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. As leis são feitas por quem, pelos ricos ou pelos
pobres?
1.2. Qual a classe social que está no poder, a classe
trabalhadora ou a classe capitalista?
1.3. Quem pôs a classe capitalista no poder? E por que?
1.4. A justiça é neutra ou favorece a classe dominante? Por
que o Collor e o João Alves e o resto da máfia do Orçamento não estão na
cadeia?
1.5. As leis são feitas para quem e contra quem?
2. Olhando a Palavra de Deus: Isaías 10, 1 - 4
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1.Contra quem as leis foram feitas, segundo o texto?
2.2. Recontar o texto e falar sobre a pergunta acima.
2.3. O que o profeta prevê para estes que fazem estas leis?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Como podemos tirar a classe capitalista do poder?
3.2. Como podemos nos organizar para que as leis sejam feitas
a favor da classe trabalhadora?
3.3. Deus está do lado de que classe e por que?
3.4. O que Deus tem hoje a dizer sobre a prática da classe
capitalista?
Tirar o Tempo para encontros, cultos, cursos diante de uma vida cada vez mais agitada
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Por que a vida hoje é mais agitada que antigamente?
1.2. Por que não podemos ou queremos mais tirar tempo para
encontros entre os cristãos da comunidade?
1.3. Quem nos impede de tirar tempo para a nossa própria
formação e espiritualidade?
1.4. Quem nos obriga a trabalhar cada vez mais?
1.5. Nós ainda somos donos de nosso tempo, de nossa vida?
2. Olhando a Palavra de Deus: Marcos 6, 30 - 34
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória
2.1. Por que Jesus pediu aos discípulos para irem juntos a
um lugar solitário?
2.2. Recontar o texto e falar sobre a questão acima.
2.3. Jesus e os discípulos também tinham uma vida agitada,
como era?
2.4. O que levava Jesus a ter uma vida agitada é o mesmo
motivo que nós temos hoje?
2.5. Por que a multidão pareceu à Jesus como ovelhas sem
pastor? Quem deveria pastorear este povo e não o fazia? E quem o deve fazer
hoje?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Quando e quantas vezes nós nos retiramos para ficarmos
a sós para pensar, refletir e orar?
3.2. O que nós estamos fazendo contra este sistema que nos
obriga a trabalhar cada vez mais?
3.3. Para que serve a oração, a reflexão, a espiritualidade
só para nos acalmarmos ou para transformar situações de opressão?
SOBRE A FÉ
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Se alguém diz que tem fé em Deus mas tem nojo e raiva
de pobre, pode isto?
1.2. Fé e luta por justiça podem andar juntos e porque?
1.3. Ter fé em Jesus Cristo e apoiar a exploração da classe
trabalhadora, isto combina e por que?
1.4. Eu tenho fé mas sou contra a organização das mulheres
trabalhadoras rurais, pode isto e por que?
1.5. Fé e política não se misturam, é verdade isto e por
que?
1.6. Fé é algo apenas pessoal ou é algo coletivo? Por que?
1.7. Se eu tenho fé em Jesus Cristo eu continuo pecador ou
não?
2. Olhando a Palavra de Deus: Hebreus 11, 1 - 3 + I Coríntios 13, 1 - 13
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1.Por que fé, esperança e amor andam juntos, qual a
relação entre os três?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a questão acima.
2.3. O que é a fé?
2.4. Que outros textos sobre fé conhecemos na Bíblia?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. A fé nos acomoda frente a realidade de opressão em que
vivemos?
3.2. Por que a comunidade cristã separa a fé da luta por
justiça? Ela faz isto por covardia?
3.4. A fé nos dá coragem? Por que somos tão medrosos?
SOBRE A ESPERANÇA QUE TEMOS PARA DIAS MELHORES
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Que sociedade nós sonhamos: como ela deveria ser?
1.2. Nós temos uma proposta concreta a contrapor à esta
sociedade capitalista?
1.3. Quem alimenta os nossos sonhos: a TV, os políticos de
direita, os cristãos comprometidos com o sistema capitalista, quem?
1.4. Esta nossa esperança é algo individualista, só para
nossa família, ou é uma esperança coletiva? Como nós sonhamos o futuro?
1.5. Nós nos organizamos para realizar esta esperança e com
quem ou achamos que ela se realiza assim de qualquer jeito?
2. Olhando a Palavra de Deus: II Pe 3, 11 - 13
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Como é esta esperança que os cristãos esperam?
2.2. Recontar o texto e responder a pergunta acima.
2.3. O que significa no v. 12 “apressando a vinda do dia de
Deus”?
2.4. O que acontece com as coisas existentes? Ficam ou são
eliminados?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Como nós podemos viver esta esperança cristã do novo
céu e da nova terra, nos quais habita justiça?
3.2. Como devemos nos organizar para poder apressar a vinda
do dia de Deus?
3.3. Nós
estamos dispostos a quebrar o velho sistema para poder viver o novo?
JUSTIÇA E LEIS BENEFICIAM A
QUEM?
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. As leis são feitas por quem, pelos ricos ou pelos pobres?
1.2. Qual a classe social que está no poder, a classe trabalhadora
ou a classe capitalista?
1.3. Quem pôs a classe capitalista no poder? E por que?
1.4. A justiça é neutra ou favorece a classe dominante? Por
que o Collor e o João Alves e o resto da máfia do Orçamento não estão na
cadeia?
1.5. As leis são feitas para quem e contra quem?
2. Olhando a Palavra de Deus: Isaías 10, 1 - 4
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1.Contra quem as leis foram feitas, segundo o texto?
2.2. Recontar o texto e falar sobre a pergunta acima.
2.3. O que o profeta prevê para estes que fazem estas leis?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática de Vida
3.1. Como podemos tirar a classe capitalista do poder?
3.2. Como podemos nos organizar para que as leis sejam
feitas a favor da classe trabalhadora?
3.3. Deus está do lado de que classe e por que?
3.4. O que Deus tem hoje a dizer sobre a prática da classe
capitalista?
ALGUNS PARTICIPAM - HÁ
ESPERANÇA!
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. É só hoje assim que só alguns participam da vida
comunitária ou foi sempre assim e por que?
1.2. Que trabalho podemos fazer com estes que participam?
1.3. O que procuram estes que participam?
2. Olhando a Palavra de Deus: João 6, 53 - 71
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Por que muitos deixaram de seguir Jesus?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. O que os outros esperavam de jesus e por que os discípulos ficaram?
2.4. Quando nós nos escandalizamos com a pregação do
Evangelho e por que?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Como podemos fortalecer na fé os que participam?
3.2. Como podemos mostrar aos outros que o Evangelho tem que
escandalizar a este mundo?
3.3. Como podemos mostrar que a cruz é o caminho?
CONDOMÍNIO/ASSOCIATIVISMO
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Por que estamos na associação e condomínio?
1.2. Desde quando se fala em associação e por que?
1.3. Quais as vantagens da associação?
1.4. Que outras formas de organização existem e quais seus
objetivos?
2. Olhando a Palavra de Deus: Marcos 6, 30 - 44
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Quais as propostas dos discípulos e quais as de Jesus?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Qual seria o resultado das propostas dos discípulos e
qual foi o resultado da proposta de
Jesus?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Como nós podemos, a partir de nossa fé em Jesus, nos
organizarmos melhor na produção, na organização e na defesa de nossos direitos?
A SITUAÇÃO ECONÔMICA NO BRASIL E A NOSSA
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Quais os elementos da situação econômica brasileira que
nos prejudicam?
1.2. Quem é responsável pela pobreza e como ela acontece?
1.3. Quem está ficando ou ficou rico no Brasil e como
acontece e aconteceu este enriquecimento?
1.4. Nós estamos entendendo bem a dinâmica de nossa economia
e por que?
2. Olhando a Palavra de Deus: Gênesis 47, 13 - 26
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1.Como foi o processo de empobrecimento do povo?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Quem foi o responsável pelo empobrecimento do povo e
quem ele representa?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Como nós estamos enfrentando o nosso empobrecimento?
3.2. O que tudo podemos fazer, a partir de nossa fé, para
lutar contra a exploração e a pobreza?
EROSÃO - COMO TRABALHAR A TERRA
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Por que acontece a erosão e por que isto preocupa?
1.2. Desde quando a erosão nas lavouras se acentuou e quando
nos damos conta do problema?
1.3. Como a erosão nos prejudica?
1.4. Por que não estamos conseguindo combater a erosão em
nossa roça?
1.5. Erosão é um problema da natureza ou um problema
econômico e por que?
2. Olhando a Palavra de Deus: Romanos 8, 18 - 25
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1.O que a criação espera?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Como o pecado humano atinge a natureza e toda a
criação?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Onde está a causa da destruição da natureza?
3.2. Como o empobrecimento dos pequenos agricultores age
sobre a natureza ?
3.3. como eles devem lutar para acabar com a
pobreza e as suas conseqüências sobre a natureza?
DIFICULDADE EM REUNIR A COMUNIDADE
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Por que nós fazemos parte de uma comunidade cristã?
1.2. Quem é responsável pelo trabalho missionário da
comunidade e como está sendo feito este trabalho?
1.3. Para que serve a comunidade e qual o objetivo dela?
2. Olhando a Palavra de Deus: Lucas 4, 17 - 21
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Qual a missão de Jesus?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Como Jesus realizou esta missão e que conseqüências
isto trouxe à ele?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Jesus baseou a sua missão nos problemas concretos da
vida das pessoas. Como a nossa comunidade faz o seu trabalho?
3.2. Se as pessoas não participam da comunidade isto não é
sinal que ela não baseia o seu trabalho em cima dos problemas das pessoas? O
que fazer?
3.3. Se a igreja hoje trabalha com os pobres, cativos,
oprimidos, doentes e fala destes, como as pessoas da comunidade reagem?
DIVISÕES NA COMUNIDADE
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Que divisões há na comunidade?
1.2. Qual o resultado destas divisões?
1.3. As divisões acontecem porque a vida espiritual é fraca?
1.4. A quem interessa que nós estejamos divididos? Quem
Lucra com isto?
2. Olhando a Palavra de Deus: I Coríntios 3, 1- 9
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Quais as divisões que há na comunidade de Corinto,
conforme o texto?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. O que Paulo diz sobre estas divisões?
2.4. As divisões hoje são semelhantes ou tem outra origem?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. O que nos divide é mais forte e mais importante do que
aquilo que nos une na comunidade e por que?
3.2. Nós temos clareza sobre o que nos une e quais os reais
objetivos da comunidade?
DIVERGÊNCIAS DIFICULTAM A CONVIVÊNCIA E ATRAPALHAM A ECONOMIA
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. As valetas nas divisas são fruto de divergências entre
vizinhos ou querem evitá-las?
1.2. Conhecem vizinhos que já conseguiram, em conjunto,
eliminar as valetas nas divisas? Como isto aconteceu?
1.3. Por que as divergências entre os pobres prejudica a
eles mesmos?
1.4. De quem nós nos devemos cuidar: dos pobres ou dos
ricos; dos que não tem poder ou dos que tem poder e por que?
2. Olhando a Palavra de Deus: I João 4, 18 - 21
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Podemos amar a Deus e não amar o irmão, por que?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Por que aquele que tem medo não é aperfeiçoado no amor?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Por que muitos pobres não confiam em seu vizinho pobre
e confia no rico que o explora?
3.2. As
associações são formas de aumentar a confiança e o amor e por que?
RESPONSABILIDADE PÚBLICA
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1. Por que ninguém se incomoda se os agricultores
direcionam as curvas de níveis das lavouras para desaguar na estrada,
estragando-a?
1.2. Nós temos responsabilidade para cuidar das coisas
públicas e como fazemos isto?
1.3. O poder público nos convida para zelarmos pela coisa
pública e nos convida para participarmos da administração do município?
1.4. O descuido das coisas públicas não vem do fato de nós
não termos espaço nas decisões, rumos e objetivos das administrações
municipais, estaduais e nacional? É viável o povo participar da administração
pública? Como isto poderia ser?
2. Olhando a Palavra de Deus: Êxodo 18, 13 - 27
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Que proposta de governo aparece aqui?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Qual a diferença entre a prática de Moisés e a sugestão
de seu sogro para governar o povo?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. O jeito de dirigir a comunidade é diferente ao jeito de
dirigir o município e o Estado?
3.2. Como nós assumimos o cuidado pelos bens da comunidade?
3.3. Todos se sentem responsáveis pela comunidade e atuam
ativamente para executar os objetivos da comunidade?
3.4. Quais os objetivos da comunidade?
ALEGRIA EM DISCUTIR OS PROBLEMAS
1. Olhando a Prática da Vida.
1.1.Que espaços nós temos na comunidade e no município para
discutir os nossos problemas?
1.2. Quantos estão dispostos a discutir seus problemas
coletivamente e se houvesse espaço na sociedade as pessoas participariam para
poderem encaminhar as soluções encontradas?
1.3. A comunidade deve discutir apenas os problemas pessoais
e da comunidade ou deve também discutir e encaminhar os problemas de toda a
sociedade?
2. Olhando a Palavra de Deus: Isaías 58, 1- 11
Ler o texto com a seguinte pergunta na memória:
2.1. Que prática religiosa Deus critica, no texto?
2.2. Recontar o texto e depois falar sobre a pergunta acima.
2.3. Qual a prática religiosa (de fé) Deus quer, conforme o
texto, e que conseqüências isto trará?
3. Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
3.1. Que falsas práticas religiosas (de fé) existem em nossas comunidades?
3.2. Nós estamos dispostos a esta
atitude de fé dos versículos 6 a 10 que Deus recomenda e o que isto trará para
a sociedade toda?
Encontros da Pastoral do/a Pequeno/a Agricultor/a - Ibirubá
I
- Análise da Realidade
Canto
Saudação
Saúdo a todos
e todas com as palavras do apóstolo: A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor
de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. (II Co 13.13)
Estamos
contentes com a presença de todos e de todas. Que todos e todas se sintam bem e
que Deus abençoe o nosso encontro. Estamos aqui reunidos em nome de Deus
Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Motivação
Hoje queremos
estudar e refletir sobre a nossa realidade. Queremos primeiro descobrir porque
esta realidade é assim e também pedir que Deus nos ilumine para que possamos
achar saídas para as situações de conflito em que nos encontramos. Convido para
uma oração.
Oração
Senhor Jesus
Cristo pedimos a tua presença neste nosso encontro. Ilumina-nos com a tua
palavra. Ajuda-nos a entender a nossa vida e o teu projeto de vida para todos.
Nós te agradecemos por podermos nos reunir ao redor do teu Evangelho.
Agradecemos acima de tudo que morreste por nós para nos abrir a possibilidade
da ressurreição do corpo e da vida eterna. Amém.
Leitura
Bíblica:
Ouçamos a
palavra bíblica do Salmo 146
1 Aleluia!
Louva, ó minha alma, ao SENHOR.
2
Louvarei ao SENHOR durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus,
enquanto eu viver.
3
Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há
salvação.
4
Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos
os seus desígnios.
5
Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja
esperança está no SENHOR, seu Deus,
6
que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e mantém para
sempre a sua fidelidade.
7
Que faz justiça aos oprimidos e dá pão aos que têm fome. O SENHOR
liberta os encarcerados.
8
O SENHOR abre os olhos aos cegos, o SENHOR levanta os abatidos, o SENHOR
ama os justos.
9
O SENHOR guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva, porém transtorna
o caminho dos ímpios.
10 O SENHOR reina para sempre; o teu Deus, ó
Sião, reina de geração em geração. Aleluia!
Destacamos
neste texto:
Não
confiar cegamente nos governantes, eles não salvam ninguém.
Bem-aventurado
o que confia em Deus.
Pois,
Deus faz justiça aos oprimidos, ama os justos, dá pão aos famintos e ampara os
fracos. Os governantes normalmente não fazem isto.
Canto
Estudo do
Tema:
Análise
da Realidade
I
- Olhando a Prática da vida
1.O que nós
produzimos e como produzimos?
2.Somos livres para produzir o que nós queremos?
3.Nós somos livres? Onde passamos as nossas férias? Por que não
passamos as nossas férias no Japão?
II
- Olhando a Palavra de Deus
1.Vamos ler Neemias 5, 1 - 13 e recontar o texto em
conjunto com as nossas próprias palavras.
1
Algum tempo depois, muitas pessoas, tanto homens como mulheres,
começaram a reclamar contra os seus patrícios judeus.
2
Alguns diziam: -As nossas famílias são grandes, e precisamos de trigo
para nos alimentarmos e continuarmos vivos.
3
Outros diziam: -Para não morrermos de fome, nós tivemos de penhorar os
nossos campos, as nossas plantações de uvas e as nossas casas a fim de comprar
trigo.
4
E outros, ainda, disseram: -Tivemos de pedir dinheiro emprestado para
pagar ao rei os impostos sobre os nossos campos e plantações de uvas.
5
Acontece que nós somos da mesma raça dos nossos patrícios judeus, e os
nossos filhos são tão bons como os deles. No entanto, nós temos de fazer com
que os nossos filhos trabalhem como escravos. Algumas das nossas filhas já
foram vendidas como escravas. Não podemos fazer nada para evitar isso, pois os
nossos campos e as nossas plantações de uvas foram tomados de nós.
6
Quando eu, Neemias, ouvi essas queixas, fiquei zangado
7
e resolvi fazer alguma coisa. Repreendi as autoridades do povo e os
oficiais e disse: -Vocês estão explorando os seus irmãos! Depois de pensar
nisso, eu reuni todo o povo a fim de tratar desse problema
8
e disse: -De acordo com as nossas posses, nós temos comprado dos
estrangeiros os nossos patrícios judeus que tiveram de se vender a eles como
escravos. E agora vocês, que são judeus, estão forçando os seus próprios patrícios
a se venderem a vocês! As autoridades ficaram caladas e não acharam nada para
responder.
9
Então eu disse: -O que vocês estão fazendo é errado! Vocês deviam temer
a Deus e fazer o que é direito, em vez de dar aos nossos inimigos, os
não-judeus, razão para caçoar de nós.
10 Eu, e os meus companheiros, e os homens que
trabalham para mim temos emprestado dinheiro e trigo ao povo. E agora vamos
perdoar essa dívida.
11 Portanto, vocês também, perdoem todas as
dívidas deles-dinheiro, vinho ou azeite. E devolvam agora mesmo os seus campos,
as suas plantações de uvas e de oliveiras e as suas casas!
12 As autoridades responderam: -Está bem. Nós
vamos fazer o que você está dizendo. Vamos devolver as propriedades e não vamos
cobrar as dívidas. Então eu chamei os sacerdotes e fiz as autoridades jurarem
que cumpririam essa promessa.
13 Depois tirei a faixa que usava na cintura e a
sacudi. E disse: -É assim que Deus vai sacudir qualquer um de vocês que não
cumprir a sua promessa. Deus tirará dele a sua casa e tudo o que ele tem e o
deixará sem nada. E todos os que estavam ali disseram: -Amém! Que assim seja!
Aí louvaram ao Deus Eterno. E cumpriram a promessa que haviam feito.
2.Qual a saída que os agricultores encontraram, no texto, para sair
das dificuldades?
3.O que há de parecido com os pequenos agricultores de hoje com a realidade
deste texto?
III
- Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
1.Que dificuldades
nós temos hoje?
2.Temos dívidas? As nossas dívidas nos preocupam muito a ponto de
perdermos o sono?
3.Nossas dívidas são investimentos que vão melhorar a nossa situação
ou vão nos descapitalizar?
4. Plantar trigo, soja, milho é bom e rentável?
5.Qual o custo de produção do que produzimos?
6.Nossos filhos vão fazer o que na vida?
7. Que outras formas de produção nós conhecemos além da nossa?
8. Que saídas há para nós?
Canto
Oração
Deus Pai,
Filho e Espírito Santo, em tua presença nos reunimos nesta casa. Pedimos:
abençoa esta casa e esta família. Dá força a ela para enfrentar todas as dificuldades.
Dá-lhes alegria no convívio familiar. Dá-lhes saúde e disposição para viver o
Evangelho a cada dia. Anima-a para receber sempre bem a todos como nos recebeu
hoje. Abençoa a todos nós e às nossas famílias. Abençoa o nosso trabalho e os
nossos projetos de vida. Ilumina-nos para sempre melhor compreendermos a tua
Palavra e dá-nos força para vivermos segundo ela. Queremos aqui trazer as
nossas intercessões: ... ... ...
E em conjunto
oremos o Pai Nosso...
Pai Nosso
Pai Nosso que
estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a
tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos
devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é
o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
Bênção
O Senhor vos
abençoe e vos guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre vós e tenha
misericórdia de vós; o Senhor sobre vós levante o seu rosto e vos dê a paz; em
nome de Deus Pai, Filho e Espírito
Santo. Amém.
Canto
II -
Para onde vai a Agricultura Familiar?
Canto
Saudação
Saúdo a todos
e todas com as palavras do apóstolo: A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor
de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. (II Co 13.13)
Estamos
contentes com a presença de todos e de todas. Que todos e todas se sintam bem e
que Deus abençoe o nosso encontro. Estamos aqui reunidos em nome de Deus
Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Motivação
Hoje queremos
estudar e refletir sobre a realidade da Agricultura Familiar. Queremos primeiro
descobrir porque esta realidade é assim e também pedir que Deus nos ilumine
para que possamos estar abertos para a discussão e reflexão e achar saídas para
a Agricultura Familiar. Convido para uma oração.
Oração
Senhor Jesus
Cristo pedimos a tua presença neste nosso encontro. Ilumina-nos com a tua
palavra. Ajuda-nos a entender a nossa vida e o teu projeto de vida para todos.
Nós te agradecemos por podermos nos reunir ao redor do teu Evangelho.
Agradecemos acima de tudo que morreste por nós para nos abrir a possibilidade
da ressurreição do corpo e da vida eterna. Amém.
Leitura
Bíblica:
Ouçamos a
palavra bíblica de
Provérbios
30, 7 - 9
7
Eu te peço, ó Deus, que me dês duas coisas antes de eu morrer:
8
não me deixes mentir e não me deixes ficar nem rico, nem pobre. Dá-me
somente o alimento que preciso para viver.
9
Porque, se eu tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não
preciso de ti. E, se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu
nome, ó meu Deus.
Destacamos
neste texto:
O
que nós precisamos para viver?
O
rico esquece de Deus, o pobre tem que roubar para viver
Não
me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário;
Canto
Estudo do
Tema:
Para
onde vai a Agricultura Familiar?
I
- Olhando a Prática da vida
Vamos relembrar
o que falamos no encontro passado.
1.Que planos nós pequenos agricultores temos para o nosso futuro?
2.Que planos os nossos filhos têm?
3.Estes planos podem se realizar?
II
- Olhando a Palavra de Deus
1.Vamos ler Tiago 5, 1 - 11 e recontar o texto em
conjunto com as nossas próprias palavras.
1
Agora, ricos, escutem! Chorem e gritem pelas desgraças que vocês vão
sofrer!
2
As suas riquezas estão podres, e as suas roupas finas estão comidas
pelas traças.
3
O seu ouro e a sua prata estão cobertos de ferrugem, e essa ferrugem
será testemunha contra vocês e, como fogo, comerá o corpo de vocês. Nestes
últimos tempos vocês têm amontoado riquezas
4
e não têm pago os salários das pessoas que trabalham nos seus campos.
Escutem as suas reclamações! Os gritos dos que trabalham nas colheitas têm
chegado até os ouvidos de Deus, o Senhor Todo-Poderoso.
5
Vocês têm tido uma vida de luxo e prazeres aqui na terra e estão gordos
como gado pronto para o matadouro.
6
Vocês têm condenado e matado os inocentes, e eles não podem fazer nada
contra vocês.
7
Por isso, irmãs e irmãos, tenham paciência até que o Senhor venha. Vejam
como o lavrador espera com paciência que a sua terra dê colheitas preciosas.
Ele espera pacientemente pelas chuvas do outono e da primavera.
8 Vocês também precisam ter paciência. Não desanimem,
pois o Senhor virá logo.
9
Irmãos e irmãs, não se queixem uns dos outros para não serem julgados
por Deus. O Juiz está perto, pronto para vir.
10 Lembrem dos profetas que falaram em nome do
Senhor e os tomem como exemplo de paciência nos momentos de sofrimento.
11 E nós achamos que eles foram felizes por
terem suportado o sofrimento. Vocês têm ouvido a respeito da paciência de Jó e
sabem como no final Deus o abençoou. Porque o Senhor é cheio de bondade e de
misericórdia.
2.Como as riquezas podem ser corruptas?
3. Conforme o texto, como alguém pode enriquecer de forma desonesta?
Alguém pode enriquecer honestamente?
4.Como o trabalho dos pequenos agricultores hoje é retido com fraude?
5.Ser paciente é aceitar tudo e ficar quieto?
III
- Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
1.Que formas de
luta contra as injustiças que atingem os pequenos agricultores há hoje?
2.Nós ainda sonhamos com uma cooperativa democrática, com uma
associação, com a agroecologia e com algum movimento popular?
3.Quais as saídas que existem para a agricultura familiar?
4.O que o governo e os poderosos grupos internacionais planejam para
o futuro da agricultura brasileira? (Ler a análise do texto que segue)
Conjuntura
Agrícola e Agrária
Objetivos
atuais do Capitalismo para a Agricultura Brasileira são:
I - Implantar
o Modelo Agrícola Americano
II - Extinção
da Agricultura Familiar
I
- Implantar o Modelo Agrícola Americano
Este modelo
está sendo colocado e aplicado pelas
grandes empresas transnacionais e viabilizado pelo governo FHC com estrutura de
crédito, tecnologia, vias férreas, portos, novas colonizações para médios e
grandes produtores no nordeste (Piauí, Maranhão, Tocantins), etc.
Há um novo
zoneamento agrícola, ex.: O RS não é mais área para o soja, e sim, o
Centro-Oeste e Nordeste. Suínos vão ser criados em grande quantidade no Mato
Grosso.
Como se
implantará o Modelo Agrícola Americano?
A - Agricultura será controlada por
grandes empresas transnacionais.
B - Agricultura acontecerá em
grandes Complexos Agro-industriais – CAI
C – A Agricultura se baseará em
Novo Padrão Tecnológico.
D - O Estado está fora do
planejamento agrícola.
A - Agricultura controlada por
grandes empresas transnacionais.
A agricultura
sai da esfera de influência do governo e vai para o controle das empresas
transnacionais. Serão de 16 a 25 empresas que irão controlar 85% do mercado do
mundo. Já há tempo existe um controle das grandes empresas sobre as máquinas e
implementos, adubos e venenos. Faltava um controle sobre as sementes:
1º controlaram via sementes híbridas que
requerem muito adubo químico e venenos que os grandes grupos transnacionais
produzem e vendem;
2º
via sementes transgênicas que também os grandes grupos transnacionais
controlam esta tecnologia e os agricultores terão que comprar estas sementes. É
a dependência total, escravidão total.
Para a ciência
controlada pelas multinacionais faltava controlar as sementes. Com os híbridos
já se avançou no controle do conhecimento e se completou isto com o controle da
tecnologia das sementes transgênicas.
A Tecnologia não é um problema. A questão é o
uso que se faz dela para o lucro somente. Transgênico que visa a vida não é um
mal. O controle desta pesquisa deve ser público e não apenas pelas transnacionais.
Quando se rompe as barreiras das espécies não se sabe o que vai acontecer.
Transgênicos polinizam as espécies silvícolas e estas viram transgênicas e aí
se perde o controle sobre o processo.
Na revista
Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável,
Porto Alegre, v.2, nº2, de abr./jun.
2001 diz:
Agricultor canadense é condenado
“Percy
Schmeiser é um agricultor canadense que planta canola. Ele utilizou sementes
que não eram de propriedade da Monsanto, nem as obteve ilegalmente. Acontece que
seus vizinhos cultivam canola
transgênica e o pólen destas plantas voou para o plantio de Percy. Os
genes do canola transgênica da Monsanto invadiram a plantação de Schmeiser sem
o seu consentimento. Mesmo assim, a polícia genética da Monsanto colheu amostras
das sementes produzidas por Percy e entrou com uma ação na justiça contra o
agricultor com o argumento de que este utilizou ilegalmente sementes
patenteadas, e cobrou os lucros que o produtor teria tido com a sua produção.
Segundo a decisão do juiz canadense, o agricultor terá de pagar cerca de US$ 85
mil à Monsanto. No Canadá e nos EUA, começam a surgir resistências ao monopólio
dos "Gigantes dos Genes", como no Estado de Indiana/EUA, onde o
Congresso local publicou um decreto definindo o direito dos agricultores de
guardarem suas próprias sementes para replantio”.
Causas da
redução dos transgênicos:
1. Mercado – Muitas pessoas na Europa e Japão não querem comer grãos
transgênicos porque sabem que faz mal e já há dois efeitos comprovados: 1 -
aumento das alergias; 2 - resistência a antibióticos
2. Custos - dizem que os custos são menores. Até que no 1º
momento o serão; e quem garante que depois não subirão os custos quando
a empresa tiver o monopólio das sementes e dos venenos?
3. Opinião Pública está acordando para esta questão.
B - Agricultura em grandes
Complexos Agro-industriais - CAI
Segundo o
conceito dos grandes grupos no RS, SC, PR não é mais viável a produção de grãos
por pequenos agricultores por causa das terras fracionadas onde não dá para
utilizar aviação agrícola e porque eles não conseguem comprar a alta
tecnologia.
C - Novo Padrão Tecnológico se
baseia no:
a) Uso de
sementes transgênicas
b) Uso de uma agricultura de precisão.
Colheitadeiras
com computador e GPS (aparelho localizador via satélite) vão controlando a produtividade de cada área.
Com mapa via satélite se sabe exatamente onde a terra está mais fraca e o que
precisa. Na hora do plantio via computador no trator a plantadeira vai despejar
exatamente nas áreas carentes os produtos químicos necessários para aumentar a
produção. Assim se fará a correção do solo por metro quadrado e não haverá mais
manchas de terras fracas na lavoura. Isto baixará os custos.
D - O Estado está fora do
planejamento agrícola.
Segundo az
proposta do governo:
-A pesquisa vai ser via
empresas
-A assistência técnica vai
ser das empresas
-O financiamento vai ser
das empresas
Os
agricultores estarão totalmente dependentes dos grandes grupos econômicos que
sempre pensam primeiro e somente em seus próprios lucros.
O fumo e o
suíno já são exemplos disto. As empresas fornecem tudo e os agricultores entram
com o trabalho, a terra, o capital e os riscos. A produção de alimentos passa
por este esquema e o pequeno produtor pode sair do mercado, que ainda são 30
milhões de pessoas que podem inchar de vez a cidade. Por causa disto este processo
vai ser lento para evitar maiores problemas.
A Fundação
Getúlio Vargas diz que dos hoje 4,075 milhões de proprietários em 2025 vão ser
apenas 600 mil. Somente 1,6 milhões de propriedades tem hoje renda média e 750
mil tem renda negativa.
Perguntamos:
1.Que saídas podemos encontrar para
não nos deixarmos subjugar totalmente aos interesses dos grandes grupos
internacionais?
2.Semente Transgênica é uma tecnologia
baseada no veneno; isto é bom para quem?
3.Você comeria um alimento sabendo que
ele foi produzido à base de venenos e que isto pode afetar a sua saúde?
4.Você acha que é uma atitude cristã
passar secante no feijão antes de colhê-lo para que não embuche a máquina? Você
comeria este feijão? Você tem certeza que isto não faz mal à saúde?
Canto
Oração
Deus Pai,
Filho e Espírito Santo, em tua presença nos reunimos nesta casa. Pedimos:
abençoa esta casa e esta família. Dá força a ela para enfrentar todas as dificuldades.
Dá-lhes alegria no convívio familiar. Dá-lhes saúde e disposição para viver o
Evangelho a cada dia. Anima-a para receber sempre bem a todos como nos recebeu
hoje. Abençoa a todos nós e às nossas famílias. Abençoa o nosso trabalho e os
nossos projetos de vida. Ilumina-nos para sempre melhor compreendermos a tua
Palavra e dá-nos força para vivermos segundo ela. Queremos aqui trazer as
nossas intercessões: ... ... ...
E em conjunto
oremos o Pai Nosso...
Pai Nosso
Pai Nosso que
estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a
tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos
devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é
o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
Bênção
O Senhor vos
abençoe e vos guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre vós e tenha
misericórdia de vós; o Senhor sobre vós levante o seu rosto e vos dê a paz; em
nome de Deus Pai, Filho e Espírito
Santo. Amém.
Canto
III –
Extinção da Agricultura Familiar
Canto
Saudação
Saúdo a todos
e todas com as palavras do apóstolo: A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor
de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. (II Co 13.13)
Estamos contentes
com a presença de todos e de todas. Que todos e todas se sintam bem e que Deus
abençoe o nosso encontro. Estamos aqui reunidos em nome de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Motivação
Hoje queremos
estudar e refletir sobre a proposta dos poderosos em extinguir a Agricultura
Familiar porque ela não produz lucros para os grandes grupos transnacionais.
Queremos primeiro descobrir porque esta realidade é assim e também pedir que
Deus nos ilumine para que possamos estar abertos para a discussão e reflexão e
achar saídas para a Agricultura Familiar. Convido para uma oração.
Oração
Senhor Jesus
Cristo pedimos a tua presença neste nosso encontro. Ilumina-nos com a tua
palavra. Ajuda-nos a entender a nossa vida e o teu projeto de vida para todos.
Nós te agradecemos por podermos nos reunir ao redor do teu Evangelho.
Agradecemos acima de tudo que morreste por nós para nos abrir a possibilidade
da ressurreição do corpo e da vida eterna. Amém.
Leitura
Bíblica:
Ouçamos a
palavra bíblica de
2 Timóteo
1, 6 – 12
6
Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em
ti pela imposição das minhas mãos.
7
Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor
e de moderação.
8
Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu
encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a
favor do evangelho, segundo o poder de Deus,
9
que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas
obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em
Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,
10 e manifestada, agora, pelo aparecimento de
nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz
a vida e a imortalidade, mediante o evangelho,
11 para o qual eu fui designado pregador,
apóstolo e mestre
12 e, por isso, estou sofrendo estas coisas;
todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que
ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia.
Destacamos
neste texto:
Deus
não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.
Não
te envergonhes do testemunho de nosso Senhor
Deus
nos salvou e nos chamou para sermos o seu povo.
Nosso
Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida
e a imortalidade, mediante o evangelho
Canto
Estudo do
Tema:
Extinção
da Agricultura Familiar
I
- Olhando a Prática da vida
Vamos
relembrar o que falamos no encontro passado.
1.Você acha que os pequenos agricultores vão sobrevier ainda por
muito tempo?
2. Por que o governo gasta bilhões para salvar um banco falido e não
investe o mesmo para salvar os pequenos agricultores?
3. Não são todos iguais perante a lei? Tendo os mesmos direitos e
deveres? Por que alguns são mais iguais que os outros? E por que nós deixamos
isto acontecer?
II
- Olhando a Palavra de Deus
1.Vamos ler Marcos 2,
1 - 12 e recontar o texto em
conjunto com as nossas próprias palavras.
1
Alguns dias depois, Jesus voltou para a cidade de Cafarnaum, e logo se
espalhou a notícia de que ele estava em casa.
2
Muitas pessoas foram até lá, e ajuntou-se tanta gente, que não havia
lugar nem mesmo do lado de fora, perto da porta. Enquanto Jesus estava
anunciando a mensagem,
3
trouxeram um paralítico. Ele estava sendo carregado por quatro homens,
4
mas, por causa de toda aquela gente, eles não puderam levá-lo até perto
de Jesus. Então fizeram um buraco no telhado da casa, em cima do lugar onde
Jesus estava, e pela abertura desceram o doente deitado na sua cama.
5
Jesus viu que eles tinham fé e disse ao paralítico: -Meu filho, os seus
pecados estão perdoados.
6
Alguns professores da Lei que estavam sentados ali começaram a pensar:
7
"O que é isso que esse homem está dizendo? Isso é blasfêmia contra
Deus! Ninguém pode perdoar pecados; só Deus tem esse poder!"
8
No mesmo instante Jesus soube o que eles estavam pensando e disse: -Por
que vocês estão pensando essas coisas?
9
O que é mais fácil dizer ao paralítico: "Os seus pecados estão
perdoados" ou "Levante-se, pegue a sua cama e ande"?
10 Pois vou mostrar a vocês que eu, o Filho do
Homem, tenho poder na terra para perdoar pecados. Então disse ao paralítico:
11 -Eu digo a você: Levante-se, pegue a sua cama
e vá para casa.
12 No mesmo instante o homem se levantou na
frente de todos, pegou a cama e saiu. Todos ficaram muito admirados e louvaram
a Deus, dizendo: -Nunca vimos uma coisa assim!
2. Por que os
amigos do paralítico não se conformaram com o fato de não haver espaço para
passar pela porta e deixaram tudo como está?
3. O que
significam as palavras do texto: “Jesus viu que eles tinham fé”? O que a fé dos
outros tem a ver com a cura do paralítico?
4. A fé cristã
deixa tudo como está ou se impõe para conseguir mudanças para proteger a vida
das pessoas?
5. A nossa
comunidade cristã está se empenhando para defender a vida ou defende o uso de
venenos na produção de alimentos que vão envenenar os consumidores?
III
- Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
Vamos ler um
texto que fala da proposta de extinção da Agricultura Familiar segundo o
interesse do governo e dos grandes grupos transnacionais.
II
– Como resistir frente à proposta da Extinção da Agricultura Familiar?
Segundo o
projeto dos poderosos será um extinção lenta e não total. A Agricultura
Familiar será uma Agricultura Residual
(resíduo, resto). Do ponto de vista da economia a Agricultura Familiar vai ser
marginal (hoje apenas 18% da população vive no campo); tendo pouco peso populacional e político. Nos estados do sul a
Agricultura Familiar ainda tem mais de 50% de importância. A Reforma Agrária
não está nos plano dos poderosos – acontecerá só nos Correios.
Vai ser assim se deixarmos!
Vamos ver
alguns exemplos de resistência:
1 - Barragens - havia uma programação para
a construção de 25 barragens na Bacia do rio Uruguai. Conforme o cronograma a
última deveria estar pronta em 2005; em 1981 a CRAB (Comissão Regional de Atingidos
por Barragens) se organizou e começou a lutar contra este projeto porque os
agricultores além de perderem suas terras recebem normalmente uma indenização
miserável. O reassentamento dos atingidos é uma parcela ínfima do total do
custo da obra. A Crab conseguiu barrar este projeto e hoje temos apenas duas em
funcionamento: a de Itá e Machadinho, no rio Uruguai.
2 – Projeto para 2000 era para ter somente
10% da população no campo - ainda somos 18%.
3 - A Agricultura Européia conseguiu
resistir frente o esquema americano organizando a agricultura familiar. Até
sindicatos de direita fecham as estradas nas lutas pelos direitos dos agricultores.
Como
resistir?
a) Este modelo
químico faz mal para a saúde. Os consumidores estão se dando conta disto e vão
exigir outra qualidade de alimentos.
b) O pequeno
agricultor tem que mudar o modelo de agricultura ou vai falir. Pegar crédito
(Pronaf) e mudar o modelo e não comprar o pacote das multinacionais – sementes,
adubo químico e venenos (sobraram a Monsanto e Pioneer). Neste modelo proposto
até as cooperativas são descartáveis;
serviram apenas para viabilizar a Revolução Verde no Brasil.
c) O Estado
tem que cumprir o seu papel de proteger o povo. Neste modelo o Estado fica de
fora - extingue a assistência técnica e a vigilância sanitária (resultado: a
aftosa está de volta). A multinacional não investe em vigilância sanitária. A
população vai exigir que o Estado volte a desempenhar o seu papel.
d) Pressão
popular. A pressão popular vai exigir novas organizações, pois a agricultura
não se salva sozinha. Quem achar que vai se desenvolver no modelo americano
está iludido.
e) Resistência
- Nossa lógica não é desenvolvimento, e sim, de resistência.
Resistência:
-Econômica - produzir de tudo e não depender de nada para o consumo
interno na propriedade.
-Política - enfrentar o modelo que não serve para nós. Temos que
mudá-lo porque não serve para nós. É projeto contra projeto.
-Fé – Em Tiago 1, 27 diz: “ A religião pura e sem mácula, para com o
nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do
mundo”. Nós, cristãos, não nos guiamos segundo as propostas do sistema
montado neste mundo que é baseado na exploração e dominação político-econômica.
Nós sempre resistiremos contra os projetos que visam primeiro o lucro dos
grandes e não levam em conta a vida de todas as pessoas, especialmente dos
empobrecidos. O cristão não repete simplesmente a conversa dos poderosos ele se
guia pelo Evangelho de Jesus Cristo que olha primeiro para os fracos e empobrecidos.
Pontos
Necessários para a Mudança:
1.Mudar o Modelo Tecnológico.
2.Acabar com o latifúndio.
3.Mudar a forma de organização política e econômica.
4.Brigar por um conjunto de políticas públicas.
5.Soberania alimentar.
6.Mudar o modelo de produzir energia.
Perguntamos:
1.Por que o governo não pergunta aos pequenos agricultores
o que eles precisam e só escuta as propostas dos grandes grupos transnacionais?
2.Estamos dispostos a nos organizarmos para podermos
resistir frente o Projeto dos Poderosos que querem nos eliminar?
3.Que tipo de organização precisamos para podermos
resistir na Agricultura Familiar?
4.Quantas vezes nós já repetimos as conversas dos poderosos
e depois descobrimos que fomos enganados? Se lembram das conversas de 1964
(ditadura militar) e de 1989 (Collor)? Que resultados trouxe?
Canto
Oração
Deus Pai,
Filho e Espírito Santo, em tua presença nos reunimos nesta casa. Pedimos:
abençoa esta casa e esta família. Dá força a ela para enfrentar todas as dificuldades.
Dá-lhes alegria no convívio familiar. Dá-lhes saúde e disposição para viver o
Evangelho a cada dia. Anima-a para receber sempre bem a todos como nos recebeu
hoje. Abençoa a todos nós e às nossas famílias. Abençoa o nosso trabalho e os
nossos projetos de vida. Ilumina-nos para sempre melhor compreendermos a tua
Palavra e dá-nos força para vivermos segundo ela. Queremos aqui trazer as
nossas intercessões: ... ... ...
E em conjunto
oremos o Pai Nosso...
Pai Nosso
Pai Nosso que
estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a
tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos
devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é
o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
Bênção
O Senhor vos
abençoe e vos guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre vós e tenha
misericórdia de vós; o Senhor sobre vós levante o seu rosto e vos dê a paz; em
nome de Deus Pai, Filho e Espírito
Santo. Amém.
Canto
IV -
Como chegamos até aqui?
Canto
Saudação
Saúdo a todos
e todas com as palavras do apóstolo: A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor
de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. (II Co 13.13)
Estamos
contentes com a presença de todos e de todas. Que todos e todas se sintam bem e
que Deus abençoe o nosso encontro. Estamos aqui reunidos em nome de Deus
Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Motivação
Hoje queremos
estudar, refletir e conversar para
entendermos melhor porque chegamos à esta situação na Agricultura Familiar.
Queremos primeiro descobrir porque esta realidade é assim e também pedir que
Deus nos ilumine para que possamos achar saídas para as situações de conflito
em que nos encontramos. Convido para uma oração.
Oração
Senhor Jesus
Cristo pedimos a tua presença neste nosso encontro. Ilumina-nos com a tua
palavra. Ajuda-nos a entender a nossa vida e o teu projeto de vida para todos.
Nós te agradecemos por podermos nos reunir ao redor do teu Evangelho.
Agradecemos acima de tudo que morreste por nós para nos abrir a possibilidade
da ressurreição do corpo e da vida eterna. Amém.
Leitura
Bíblica:
Ouçamos a
palavra bíblica de
Miquéias
3, 1 - 12
1
Escutem, líderes e autoridades de Israel! Vocês deviam praticar a
justiça
2
e, no entanto, odeiam o bem e amam o mal. Vocês tiram a pele do meu povo
e arrancam a carne dos seus ossos.
3
Vocês devoram o meu povo: arrancam a pele, quebram os ossos e cortam a
carne em pedaços, como se faz com a carne que vai ser cozinhada.
4
Virá o dia em que vocês clamarão ao Deus Eterno, mas ele não os
atenderá; vocês fazem o que é mau, e por isso ele não ouvirá as suas orações.
5
Os profetas enganam o povo. Para os que lhes pagam eles prometem paz,
mas ameaçam com guerra os que não lhes dão nada. O Deus Eterno diz a esses
profetas:
6
-Em vez de visões, vocês terão a escuridão, e em vez de revelações
haverá somente trevas para vocês. A luz do dia vai desaparecer para vocês, e a
escuridão da noite cairá sobre vocês.
7
Os adivinhos e os que dizem o que vai acontecer no futuro passarão
vergonha. Não receberão resposta de Deus e por isso ficarão desmoralizados.
8
Mas, quanto a mim, o Espírito do Deus Eterno me dá poder, amor pela
justiça e coragem para condenar os pecados e as maldades do povo de Israel.
9
Escutem, líderes e autoridades de Israel! Vocês odeiam o que é bom e
torcem a justiça.
10 Vocês estão construindo Jerusalém, a cidade
santa, sobre um alicerce de injustiças e de crimes de sangue.
11 As autoridades de Jerusalém aceitam dinheiro
para torcerem a justiça, os sacerdotes cobram para ensinarem a lei, e os
profetas exigem pagamento para adivinharem o futuro. Mas mesmo assim eles
afirmam que recebem ajuda de Deus. Eles dizem: "Nenhum mal vai acontecer
porque o Deus Eterno está do nosso lado."
12 Portanto, por causa de vocês, Jerusalém vai
virar um montão de pedras, o monte Sião vai ser arado como um campo, e o lugar
onde fica o Templo se tornará uma floresta.
Destacamos
neste texto:
Os cabeças: rei e pais das
famílias são denunciados
Povo vira comida na panela dos
opressores.
Profetas, videntes, e
sacerdotes se venderam e são corruptos.
O Rei, o Templo e Jerusalém
vão ser destruídos.
Canto
Estudo do
Tema:
Como
chegamos até aqui?
I
- Olhando a Prática da vida
1.Vamos relembrar o
que falamos no encontro passado.
2.Por que hoje a agricultura está do jeito que está?
Por causa da
Revolução Verde. O que é isto? Nos deixamos envolver e convencer pelo projeto
da Revolução Verde que foi planejada fora do Brasil após a 2ª Guerra Mundial. Ela que introduziu os
agrotóxicos, adubos químicos, sementes híbridas e agora as transgênicas, a
monocultura para exportação, máquinas que desenvolveram mais a indústria que a
agricultura, sem mexer na estrutura da posse da terra. Este pacote foi
implantado a mando do 1º Mundo
principalmente durante a Ditadura Militar, para gerar lucro para as
multinacionais. A Ditadura Militar estava à serviço do grande capital internacional.
Assim o capitalismo penetrou e se consolidou no campo com muitas máquinas,
venenos e sementes melhoradas. Isto tudo a serviço do grande capital internacional.
A idéia da Revolução Verde era acabar com a fome no mundo aumentando a
produtividade na agricultura via financiamentos
bancários para a agricultura, máquinas
(tratores, colheitadeiras, plantadeiras), produtos
químicos (calcário, adubos químicos, venenos) e sementes melhoradas. A Revolução Verde não tem nada a ver com
agricultura ecológica. Era a idéia de produzir alimentos a qualquer custo. Após
a 2ª Guerra Mundial a indústria da
guerra se reciclou e se redirecionou para produzir agora máquinas e venenos;
que antes eram usados na guerra para agora serem usados na agricultura e com
isto garantir o lucros destas indústrias.
Se dizia que se acabaria com a fome no mundo
com a Revolução Verde, mas a fome não diminuiu, só aumentou. Eliminar a fome
não é uma questão de se ter muita comida no mundo. Não adianta ter muita comida
no mundo se os pobres não tem emprego e muito menos dinheiro para poderem comprar a comida
produzida com sementes melhoradas e mais produtivas e muitos adubos químicos e
máquinas sofisticadas.
Tudo isto
acabou com os valores culturais do pequeno agricultor: sua música, o mutirão, a
visitação, a ajuda mútua, o valor da palavra (o fio do bigode).
II
- Olhando a Palavra de Deus
1.Vamos ler Mateus 20, 1 - 16 e recontar o texto em conjunto com as nossas próprias palavras.
2.Que realidade Jesus nos conta aqui?
3.Há algo parecido hoje em dia com este relato da realidade do tempo
de Jesus?
4.O que Jesus propõe, no texto, referente a justiça, trabalho,
salário e reforma agrária?
III
- Vivendo a Palavra de Deus na Prática da Vida.
1. Deste
modelo agrícola (Revolução Verde) surgiu o Êxodo Rural maciço e a migração para
o norte do país: em 1940 havia 30% da população na cidade e 70% da população no
campo e hoje tem apenas 18% no campo e 82% na cidade. Isto tudo gerou um imenso
desemprego na cidade. Não houve a realização completa da Reforma Agrária e a
violência no campo explodiu. O trabalho escravo nas fazendas é algo comum. A
agressão à natureza via desmatamento, envenenamento, erosão e a monocultura
foram algumas consequências deste modelo. Hoje temos o Modelo da Modernização
Conservadora que é a integração com a agroindústria e dependência do setor
financeiro que gerou uma seleção e exclusão dos pequenos agricultores. Mas
também gerou a resistência dos agricultores e agricultoras. Como resistência à
este modelo surgiu o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), MMTR (Movimento
das Mulheres Trabalhadoras Rurais), MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens),
MST (Movimentos dos Sem Terra), Associações de Pequenos Agricultores, pequena
cooperativas de pequenos agricultores e outros movimentos como forma de buscar
um Projeto Alternativo ao capitalismo.
2. Que outras
saídas nós conhecemos ou já praticamos?
3. Onde nós
pequenos agricultores vamos nos engajar e o que vamos fazer para conseguirmos
resistir e sobreviver na agricultura?
Canto
Oração
Deus Pai,
Filho e Espírito Santo, em tua presença nos reunimos nesta casa. Pedimos:
abençoa esta casa e esta família. Dá força a ela para enfrentar todas as dificuldades.
Dá-lhes alegria no convívio familiar. Dá-lhes saúde e disposição para viver o
Evangelho a cada dia. Anima-a para receber sempre bem a todos como nos recebeu
hoje. Abençoa a todos nós e às nossas famílias. Abençoa o nosso trabalho e os
nossos projetos de vida. Ilumina-nos para sempre melhor compreendermos a tua
Palavra e dá-nos força para vivermos segundo ela. Queremos aqui trazer as
nossas intercessões: ... ... ...
E em conjunto
oremos o Pai Nosso...
Pai Nosso
Pai Nosso que
estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a
tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos
devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é
o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
Bênção
O Senhor vos abençoe e vos guarde; o Senhor faça resplandecer
o seu rosto sobre vós e tenha misericórdia de vós; o Senhor sobre vós levante o
seu rosto e vos dê a paz; em nome de Deus Pai,
Filho e Espírito Santo. Amém.
Canto
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