24 de outubro de 2011

Apoiar a construção de grandes barragens é apoiar o capital.

O que é apoiar o capital?
Apoiar o capital é apoiar a construção de grandes barragens porque elas são construídas para produzir energia com a finalidade de gerar muito lucro e assim reproduzir o capital. A energia é apenas um meio de explorar a natureza para se obter o lucro, que é o objetivo primeiro e último do capitalismo. O capital consegue seu lucro através da exploração da mão de obra humana e da exploração dos recursos naturais.
No Brasil desde a Conquista o capitalismo usou a exploração da mão de obra escrava índia e africana e a exploração da natureza pela cana de açúcar, cacau, café, algodão e minérios para fazer a acumulação primitiva para que o capitalismo pudesse dar um salto de qualidade e desembocar na assim chamada Revolução Industrial que é a base do Imperialismo atual. Os capitalistas chamavam o massacre e a mortandade de 5 milhões de pessoas dos povos indígenas e de 15 milhões de pessoas dos povos africanos escravizados de progresso, assim é o progresso capitalista: morte de pessoas e destruição da natureza. Assim como hoje chamam a expulsão dos camponeses, por causa das barragens, que moram na beira do rio Uruguai de progresso e desenvolvimento regional.
Apoiar o capital significa apoiar isto tudo, além de apoiar o assassinato de Pedro Teixeira e demais líderes das Ligas Camponesas assassinados pelo latifúndio no Nordeste.
Apoiar o capital é legitimar o desaparecimento, pela ditadura militar, de Zé Porfírio, líder da revolta camponesa de Trombas e Formoso, em Goiás, e o primeiro deputado camponês do Brasil.
Apoiar o capital é apoiar o assassinato pela tortura e pela execução sumária pelo Estado de 436 pessoas durante a ditadura militar, além de legitimar a tortura de 30 mil pessoas que lutavam pela democracia neste período.
Apoiar o capital é apoiar o massacre dos camponeses de Canudos, Contestado e de dezenas de revoltas camponeses ocorridos na história do Brasil em sua luta por justiça e terra.
Apoiar o capital é bater palmas pela morte de Chico Mendes e pela destruição da Floresta Amazônica e do Cerrado.
Apoiar o capital é apoiar o assassinato dos 1550 camponeses ocorridos desde 1985 por causa da luta pela terra.
Apoiar o capital é tentar anular o movimento sindical que rebrotou a partir das lutas operárias de 1978 das quais brotou o PT e a CUT.
Apoiar o capital é apoiar as grandes barragens já construídas e projetadas no Rio Uruguai que expulsam os camponeses de suas terras para que o capital possa se reproduzir.
Quem apóia as grandes barragens apóia o capital e quem apóia o capital apóia e legitima o massacre histórico a que a classe trabalhadora e camponesa esteve sujeita na história do Brasil.
Quem apóia as grandes barragens apóia a criminalização dos movimentos populares por parte do Estado e por parte da classe capitalista.
Quem apóia as grandes barragens trai a luta histórica da classe trabalhadora contra o capital, nega a possibilidade da construção de uma nova sociedade não capitalista e começa a apoiar e participar da ditadura do pensamento único que legitima o capital e que diz que não existe outra possibilidade de organizar a vida, a política, a economia, a cultura e a ciência além do capitalismo. Se não existe outra possibilidade de organizar a sociedade além do capitalismo não teremos mais futuro, pois o nosso futuro é o nosso presente e o nosso presente aponta para o fim da humanidade gerada, entre outras coisas, pelo aquecimento global motivado pelo modelo de industrialização capitalista iniciado pela assim chamada Revolução Industrial de 1750. Assim, o nosso futuro é desaparecer como humanidade por causa da dinâmica do capitalismo.
Quem apóia as grandes barragens ajuda no processo de anulação de todas as conquistas da classe trabalhadoras conseguidas com muito sofrimento e sangue, pois apóia o capital, que quer permanentemente reduzir os avanços sociais e trabalhistas conquistados pela classe trabalhadora.
Quem apóia as grandes barragens apóia o capital que precisa de energia barata para produzir mercadorias baratas para poder competir no mercado internacional à custa da expulsão dos camponeses que moram na beira do rio e dos trabalhadores oprimidos pelas indústrias pelo aumento do ritmo de trabalho repetitivo que os invalida permanentemente e pelos salários baixos.
Quem apóia a construção das grandes barragens é pelego!
Quem já foi contra a construção das grandes barragens e hoje é a favor delas por conveniência política é pelego!

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