Capitalismo Comercial – 1500.
Este período estende-se do século XVI ao XVIII. Inicia-se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas Européias, fase em que a burguesia mercante começa a buscar riquezas em outras terras fora da Europa. Os comerciantes e a nobreza estavam a procura de ouro, prata, especiarias e matérias-primas não encontradas em solo europeu. Estes comerciantes, financiados por reis e nobres, ao chegarem à América, por exemplo, vão começar um ciclo de exploração, cujo objetivo principal era o enriquecimento e o acúmulo de capital. Neste contexto, podemos identificar as seguintes características capitalistas: busca do lucro, uso de mão-de-obra assalariada, moeda substituindo o sistema de trocas, relações bancárias, fortalecimento do poder da burguesia e desigualdades sociais.
Capitalismo Industrial – 1750.
No século XVIII, a Europa passa por uma mudança significativa no que se refere ao sistema de produção. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema capitalista e solidifica suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo. A Revolução Industrial modificou o sistema de produção, pois colocou a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos. O dono da fábrica conseguiu, desta forma, aumentar sua margem de lucro, pois a produção acontecia com mais rapidez. Se por um lado esta mudança trouxe benefícios (queda no preço das mercadorias), por outro a população perdeu muito. O desemprego, baixos salários, péssimas condições de trabalho, poluição do ar e rios e acidentes nas máquinas foram problemas enfrentados pelos trabalhadores deste período. O lucro ficava com o empresário que pagava um salário baixo pela mão-de-obra dos operários. As indústrias, utilizando máquinas à vapor, espalharam-se rapidamente pelos quatro cantos da Europa. O capitalismo ganhava um novo formato. Muitos países europeus, no século XIX, começaram a incluir a Ásia e a África dentro deste sistema. Estes dois continentes foram explorados pelos europeus, dentro de um contexto conhecido como neocolonialismo. As populações destes continentes foram dominadas a força e tiveram suas matérias-primas e riquezas exploradas pelos europeus. Eram também forçados a trabalharem em jazidas de minérios e a consumirem os produtos industrializados das fábricas européias.
O ciclo da industrialização no Brasil foi de 1930 até 1980, agora vivemos o ciclo da financeirização.
Capitalismo Monopolista – 1870.
A partir de 1870, a fusão de empresas em conseqüência das crises ou do livre jogo do mercado, no qual as mais fortes e hábeis absorviam as menores, acarretou uma concentração do capital em grau muito mais elevado do que anteriormente, causando importantes modificações no funcionamento do sistema capitalista. Surgiram as grandes corporações industriais e financeiras, denominadas "cartéis", "trustes" e "holdings", que caracterizam o chamado capitalismo "monopolista" substituindo o capitalismo liberal da livre concorrência. (Em linguagem econômica, o significado original da palavra monopólio era de vendedor exclusivo de qualquer produto. Mais tarde, ela adquiriu o significado de poder influenciar, de maneira apreciável o fornecimento e também o preço de um artigo. O monopólio propriamente dito é uma raridade. Na prática, o que se encontra é a situação de oligopólio, isto é, algumas poucas e grandes empresas controlando um determinado setor do mercado. Costuma-se, entretanto, falar em "monopólios" e em "capitalismo monopolista" para caracterizar o sistema capitalista após 1870.)
O cartel é constituído por várias empresas independentes do mesmo ramo que se reúnem a fim de estabelecer acordos sobre preços e produção para cada empresa que, entretanto, mantém sua autonomia. O cartel reparte os mercados de venda, fixa a quantidade de produtos a fabricar, determina os preços e distribui os lucros entre as diferentes empresas. A concorrência transforma-se em monopólio do grupo.
Esse tipo de associação foi muito usado na Alemanha e no Japão, incentivado pelos respectivos governos, os grandes impulsionado rés da industrialização nesses países. A cartelização foi considerada essencial para o desenvolvimento econômico e uma proteção à concorrência da indústria estrangeira. Na Inglaterra e na França, havia leis que protegiam o consumidor da ganância dos produtores, ficando os cartéis mais ou menos margem da lei, ora tolerados pelo Estado, ora per turbados por ele.
Nos Estados Unidos, a legislação em vigor proibia a eliminação da chamada competição "justa" e igual entre as empresas, impedindo acordos de preços e de mercados. Por essa razão, a organização de cartéis não era permitida, favorecendo a formação do truste, associação que resulta da fusão de várias firmas que representam fases sucessivas da elaboração de uma matéria prima numa única empresa. (Por exemplo, a fundição do minério de ferro, a transformação do ferro fundido em aço e a produção de determinados artigos de aço).
O truste procura obter o controle total da produção, desde as fontes de matérias primas até a distribuição da mercadoria, dispondo assim da oferta e dos preços. Os métodos para a formação desses conglomerados era muitas vezes o suborno ou a guerra comercial que consistia em baixar artificialmente o preço das mercadorias até derrotar a(s) firma(s) concorrente(s) para depois incorporá-la(s) e fixar os preços à vontade.
Mais complexos do que os trustes são as chamadas holdings, surgidas em fins do século XIX. A holding é uma empresa de administração que coordena as diversas outras empresas do grupo, embora seja assegurada a aparente autonomia das mesmas.
Os trustes e os cartéis predominaram nos setores que exigiam maior tecnologia e inversão de capitais, como eletricidade, aço e petróleo. Reuniam fabricantes de aço, trilhos, produtos químicos (como o enxofre, na Itália e o potássio, na Alemanha), lâmpadas elétricas, dinamite, transporte marítimo (impondo os fretes em rotas específicas), etc.
Nos Estados Unidos, a indústria de material elétrico era dominada por duas grandes empresas: a General-Electric Company (resultado da fusão, em 1892, das empresas Édison General Electric com a Thomson Houston) e a Westinghouse Electric Company. Na Alemanha, foi fundada em 1847 a Siemens, que cresceu como empresa absolutamente independente e que é hoje a 159 multinacional em valor de vendas.
Em 1882, o grupo Rockefeller, que já era detentor do monopólio do petróleo em uma vasta região dos EUA, foi reestruturado como um truste, dando origem à Standart Oil, hoje EXXON, com controle direto de pelo menos 40% da produção de petróleo do mundo capitalista e 35% de seu consumo. No início do século XX, destacaram-se nos Estados Unidos dois gigantes do aço, a United States Steel, resultante da fusão de doze siderúrgicas e a Bethlehem Steel, uma holding de cerca de 50 fabricantes de aço. Em 1907, a Dupont já controlava 64 fábricas de pólvora. A General Motors nasceu em 1908, a partir da fusão de cinco empresas, for mando, ao lado da FORD, outra grande produtora de veículos.
Iniciada no século XIX, esta fase vai ter no sistema bancário, nas grandes corporações financeiras e no mercado globalizado as molas mestras de desenvolvimento. Podemos dizer que este período está em pleno funcionamento até os dias de hoje. Grande parte dos lucros e do capital em circulação no mundo passa pelo sistema financeiro. A globalização permitiu as grandes corporações produzirem seus produtos em diversas partes do mundo, buscando a redução de custos. Estas empresas, dentro de uma economia de mercado, vendem estes produtos para vários países, mantendo um comércio ativo de grandes proporções. Os sistemas informatizados possibilitam a circulação e transferência de valores em tempo quase real. Apesar das indústrias e do comercio continuarem a lucrar muito dentro deste sistema, podemos dizer que os sistemas bancário e financeiro são aqueles que mais lucram e acumulam capitais dentro deste contexto econômico atual.
Capitalismo Imperialista – 1885.
Imperialismo ou Neocolonialismo é a política de expansão e domínio territorial e/ou cultural e econômico de uma nação sobre outra, ocorrido na época da segunda revolução industrial. O imperialismo contemporâneo denomina-se neo-imperialismo, por possuir algumas diferenças com relação ao neo-colonialismo.
No final do século XIX e começo do século XX, a economia mundial viveu grandes mudanças. A tecnologia da Segunda Revolução Industrial (motores a gasolina, diesel e eletricidade) aumentou ainda mais a produção. A livre concorrência foi desaparecendo e a economia passou a ser dominada por ‘megaempresas’ (monopólios).
As "megaempresas capitalistas passaram a investir capital em nações da África, da Ásia e da América. Esse fenômeno viria a ser chamado de imperialismo ou neo-colonialismo. Os países imperialistas lutavam uns com os outros pelo domínio econômico do mundo. Buscavam novos mercados, fontes de matéria-prima e mão-de-obra barata para explorar.”
A concepção de imperialismo foi perpetrada por economistas alemães e ingleses no início do século XX. Este conceito constituiu-se em duas características fundamentais, ou seja, o investimento de capital externo e propriedade econômica monopolista, “um país imperialista era um país que dominava economicamente outro país”. Desse modo, a capitalização das nações imperialistas gradativamente se ampliava, por conseguinte a ‘absorção’ dos países dominados, pois monopólios, mão-de-obra barata e abundante e mercados consumidores levavam ao ciclo do novo colonialismo, que é o produto da expansão constante do imperialismo.
Os países imperialistas dominaram, exploraram e agrediram os povos de quase todo o planeta. Porém, a maior parte dos capitalistas e da população dos países imperialistas acreditavam que suas ações eram justas e até benéficas à humanidade em nome da ideologia do progresso, isto é, tinham três critérios para explica-la: o etnocentrismo, baseado na pseudo-idéia de que existiam povos superiores a outros (europeus superiores a asiáticos e africanos), da mesma forma o racismo e o darwinismo social que interpretava a teoria da evolução a sua maneira errônea, afirmando a hegemonia de alguns sobre outros pela seleção natural.
Assim, no final do século XIX e o começo do XX, os países imperialistas se lançaram numa louca corrida pela conquista global o que desencadeou rivalidade entre os mesmos e concretizou o principal motivo da Primeira Guerra Mundial, dando princípio à “nova era imperialista” onde os EUA se tornam o país cardeal.
No período que se estende de meados do século XIX ao início da Primeira Guerra Mundial, a maior parte dos capitais estrangeiros que afluíram para a América Latina procedia da Grã-Bretanha. Embora a hegemonia britânica no plano mundial viesse sendo contestada e ameaçada desde o final da década de 1870, nos países latino-americanos essa hegemonia iria manter-se praticamente inalterada até 1914. Isto se devia fundamentalmente ao profundo enraizamento dos interesses britânicos em nosso continente e à sua presença dominante no comércio exterior desses países desde antes da independência política dos mesmos. Tratava-se de uma situação que só iria mudar, definitiva e irreversivelmente, com a Primeira Grande Guerra, a partir da qual a Grã-Bretanha deixou de ter os meios necessários para conservar sua hegemonia comercial e financeira.
Por volta de 1865, os Investimentos de capitais britânicos na América Latina somavam cerca de 81 milhões de libras esterlinas. Eles tiveram um crescimento extremamente rápido a partir daí, atingindo um total de aproximadamente 1,2 bilhão de libras em 1913. Enquanto, na primeira dessas datas, os títulos públicos representavam cerca de 76% do total dos ativos de investidores da Grã-Bretanha em países latino-americanos, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, a participação dos mesmos tinha baixado para apenas 38%.
Do ponto de vista teórico, Lenin encara o imperialismo como a culminação necessária do capitalismo. Essa nova fase do sistema envolve mudanças sociais e políticas, mas sua essência é a substituição do capitalismo competitivo pelo capitalismo monopolista, estágio avançado do sistema em que o capital financeiro domina a vida econômica e política da sociedade. A concorrência prossegue, mas apenas entre um pequeno grupo de gigantescos conglomerados, capazes de controlar setores inteiros da economia nacional e internacional.
A Conquista do Continente africano pelos europeus.
Tudo começou a partir da França atacando a Argélia no ano de 1830, e depois sucedeu com a Bélgica liderada pelo rei Leopold II anexando a si o território do Alto Congo (atual Zaire), como propriedade real. Assim sucedeu pro conquistas do Reino Unido, Portugal e Espanha (antigas colônias do tempo colonial), e logo após Itália e Alemanha, quando unificados os dois países.
Com o desenvolvimento muito rápido dos países, e com a supremacia britânica, isso foi causando uma grande rivalidade entre os países europeus, e começou uma corrida de conquista, para ver quem conseguiria o maior Império econômico e militar.
Quem ganhava com isso, era os grandes industriais e banqueiros, que se uniam para gerar grandes empresas, que com muito poder e influência quase não havia concorrência no mercado (o monopólio), assim então o lucro era dividido em poucos.
O abuso que os europeus faziam com os nativos era desumano. O trabalho deles era semi-escravo, e quem não obedecia a ordem do novo Estado era preso. Havia o comércio de mão-de-obra, de regiões menos industrializadas da África, para outras do mesmo continente. Como a cobiça dos Chefes de Estados europeus foi despertada graças ao rei Leopold II, o chacheler Otto von Bismarck promoveu a Conferência de Berlim (1885-1887), onde foi dividido o continente entre poucos países da Europa, misturando tribos rivais sem dó ou piedade.
Os únicos países que eram independentes na época eram a Abissínia e a Libéria. A Abissínia foi atacada pela Itália e venceu várias batalhas e impôs sua autonomia. Já a Libéria era um país de negros emigrados dos Estados Unidos.
Fato importante para a imposição do Reino Unido foi à conquista do Canal de Suez, à custa da França. Uma vez que a França junto ao Egito estava construindo o canal. Assim o Reino Unido terminou a construção do canal e passou a ser o principal acionista da obra.
A Conquista do Sudeste Asiático e o Japão Imperialista.
A conquista da Ásia foi-se aos poucos, primeiramente com o abrir de alguns portos em pequenas ilhas durante o século XVIII e antigas colônias hispâno-holandesas nas Filipinas (cedida aos Estados Unidos pela Espanha depois) e ilhas da Indonésia (holandeses).
Mas a desenfreada exploração que se deu por estas bandas foi à partir da Rússia, que construiu uma estrada de ferro ligando a Rússia européia até suas margens do Pacífico Oriental, com o objetivo de influenciar e dominar a Mongólia e a China.
Já a entrada do Japão no grupo dos países imperialistas foi por pressão dos Estados Unidos e do Reino Unido de tempos. Sob muita pressão dos estadunidenses, o Japão governado formalmente por um monarca, mas quem tinha plenos poderes era o comandante das Forças Militares Japonesas, o Xogun, decidiu abrir alguns portos para os países ocidentais. Isso causou uma revolta por vários motivos na ilha, conhecido como Revolução Meiji, onde restaurava plenamente os poderes do Imperador, que fez o Japão dar um salto no desenvolvimento industrial e econômico do país. Isso fez com que acirra-se ainda mais a disputa entre Reino Unido, França, Rússia, Estados Unidos e agora o Japão.
Então o Japão entrou em várias guerras com a China, e por isso a Rússia intrometeu-se no meio, mas de nada adiantou, pois os dois países foram vencidos pela potência nipônica sendo a China obrigada a ceder em torno de várias guerras a região da Manchúria as atuais Coréias e a Ilha de Formosa, a Rússia teve que indenizar parte de uma ilha do Pacífico.
O Reino Unido começou sua investida, através de acordos comerciais com o Imperador da China. Em 1839, o Imperador proíbe o comércio de Ópio em seu território, cujo era comercializado pelo Reino Unido na Índia. Mas os britânicos não acataram as ordens e continuaram a comercializar a droga. Como punição o governo chinês afunda alguns navios britânicos.
Este fato serve de pretexto para o Reino Unido declarar guerra à China. Com uma marinha superior a da chinesa o Reino Unido vence, e como pagamento ao vencedor a China teve que ceder a Ilha de Hong-Kong e abrir diversos portos.
Com o domínio meridional da China, a Indochina cedida pela França, devido à Guerra dos Sete Anos, o Reino Unido conquistou a hegemonia também do Sudeste Asiático. Nesse decorrer de tempos ocorreram várias revoltas, uma muito importante ocorreu na Índia, mas ela foi sufocada, e assim os britânicos abocanham de vez a Índia integrando-a como parte de seu Império Colonial. Já no ano de 1895, a China sofre sua pior humilhação, a partilha de seu território em áreas de influência entre: Reino Unido, França, Japão, Alemanha e Rússia, isso gerou a Revolta dos Boxers.
Para sufocar, ou melhor, vencer essa batalha, as potências européias e nipônica, tiveram que se unir e com muita luta conseguiram vence-la. Já os Estados Unidos recolonizaram as Filipinas e conquistaram e anexaram ilhas como o Havaí entre outras.
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